Maior ilha da Estônia agora é chamada de "ilha do coronavírus" após surto
A Ilha de Saaremaa, na Estônia, é conhecida por ser uma atração turística para quem gosta de paisagens medievais.
Entre os castelos e os moinhos que compõem o cenário norte europeu, o local abriga uma cratera de um meteoro que caiu na região há cerca de 6 mil anos. Apesar de toda essa riqueza histórica, a região hoje está sendo reconhecida como a "ilha do coronavírus".
Isso porque há a suspeita de que mais da metade da população local, de aproximadamente 33 mil pessoas, está infectada com o covid-19, como contou o médico residente Edward Lane à BBC News.
Ironicamente, foi o cenário de maravilhas que atraiu os dois eventos que, supostamente, espalharam o vírus entre a população. O primeiro deles, uma partida de vôlei de um time italiano. Já o segundo, foi um festival de champanhe que atraiu diversos turistas. Ambos os eventos aconteceram em março deste ano.
Edward Lane conta que a Ilha de Saaremaa tem apenas 147 camas de hospitais. Muito pouco para um sistema de saúde que estima tratar pelo menos mil casos só hoje, 20 de abril. Para dar conta desse número de pacientes, foi montado um hospital militar no local, como noticiou a agência de notícias Reuters.
Para ajudar a impedir a propagação do vírus, o governo estoniano interrompeu o tráfego de passageiros para a ilha e disponibilizou um local de teste drive-thru para o coronavírus entre os residentes.
O universo medieval de Saaremaa
Localizados no Parque Angla Windmill, os moinhos de vento são um dos principais atrativos turísticos da região. O parque, além das construções antigas, agrega também vários animais campestres, como carneiros, patos e pavões.
O site oficial do parque afirma ser possível entrar em alguns deles e aprender sobre o processo de moagem de cereais. Ilustrações auxiliam a criar esse cenário.
Além dos castelos, outro ponto turístico chamativo é a cratera formada por um meteoro que caiu em Saaremaa há 6 mil anos.
O cenário todo verde e florido no período sazonal conta com placas que explicam o fenômeno natural e narram os rituais que, segundo os arqueólogos, passaram a ser realizados na cratera por civilizações antigas, incluindo o sacrifício de animais.
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