Experimente pudim de leite no potinho e mais doces com cara de "casa"
Como muitos apaixonados por cozinha, Joyce cresceu assistindo a "Cozinha Maravilhosa da Ofélia", sua primeira inspiração para se tornar confeiteira.
A veterana cozinheira, no entanto, está longe de ser a única referência em sua rica experiência internacional e leque de criações.
Da infância e adolescência em experimentos ao lado da família a trabalhos em centros gastronômicos famosos, Joyce descreve verdadeiras epifanias ao lado das panelas e como estas a levaram ao mundo dos doces - e três deles você pode reproduzir em casa com as receitas ao final deste texto.
Atrás do "bolo perfeito"
Nesses primeiros anos de vida, ela se lembra de ir ao supermercado com sua mãe e sempre pedir um bolo de caixinha para fazer em casa:
"Lembro de bater a manteiga com a gema, colocar o bolo de caixinha, bater as claras, sempre colocava um pouco mais de leite, às vezes uma especiaria diferente. Era uma química meio louca, mas que no fim dava certo", conta.
Tudo mudou durante as férias escolares na adolescência, quando sua madrinha fez um bolo de fubá com açúcar e canela: "Aquilo me conquistou de uma maneira difícil de explicar. Essa se tornou uma espécie de saga em minha vida, a busca pelo bolo de fubá perfeito", explica.
Até então, seu plano era cursar medicina, mas depois dessa experiência sensorial os planos mudaram e decidiu fazer gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. "Foi um choque no início, escolher essa profissão no lugar de ser médica não foi muito bem aceito, mas foi um chamado do coração que decidi seguir", compartilha.
Mestres de peso
Depois de formada em gastronomia, Joyce começou a questionar tudo que aprendeu no curso, então decidiu cursar engenharia dos alimentos.
"Eu sempre seguia as receitas à risca e alguma coisa dava errado. Meus professores não sabiam dizer o motivo, então resolvi me especializar", conta.
Três anos depois, já formada na segunda faculdade, foi convidada a trabalhar na Fundação Alícia, na Espanha, voltada para cultura da alimentação e da gastronomia, na época presidida pelo renomado chef Ferran Adrià.
Mais tarde, a experiência abriu portas para que trabalhasse no El Celler de Can Roca, com Jordi Roca: "Ele era uma pessoa que não tinha os princípios químicos para fazer uma sobremesa incrível, mas tinha muita curiosidade, além de uma pitada de humor e magia em tudo que criava", conta a confeiteira.
Exemplo disso é a sobremesa Cromatografia Verde, feita com ervilha, maçã verde e um monte de ervas, que encantou Joyce e a fez perceber o sentido da confeitaria, que não era simplesmente juntar sabores, mas sim transmitir uma sensação.
"Acho que muito além de respostas, minhas formações e experiências me ensinaram a ter a capacidade de fazer as perguntas certas. Quando pego uma receita de um livro, por exemplo, já sei dizer se ela vai dar certo ou não".
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