Faça em casa um camarão tostado com pindaíba e vatapá de jerimum
Nascido na pequena cidade de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, Pedro Soares Medeiros se considera um chef "tecnoemocional", ou seja, busca alinhar produto e técnica às suas referências culturais e afetivas.
Aprendiz das panelas na "raça" e por necessidade, aprendeu muito em estágios estrelados e na prática das cozinhas pelo mundo. Hoje espalha sua criatividade culinária em diferentes atividades em Florianópolis.
A criação que compartilha com o Nossa é uma receita de camarão tostado com pindaíba e vatapá de jerimum, a tradução de sua essência e sua história.
Mais criações de Pedro Soares
A escolha em tempos difíceis
Durante a infância, ele sempre admirava ver sua mãe e avó na cozinha, onde adquiriu essa paixão: "Quando eu era bem pequeno, tenho uma vaga lembrança de, junto a minha irmã, auxiliar minha mãe a fazer bolinho de chuva com banana", conta.
Porém, a gastronomia mostrou seu real sentido na época do vestibular, quando morava com seu pai e passavam por uma fase difícil:
"Eu cozinhava para os dois e, após um dia inteiro fora trabalhando, ele ficava muito feliz e esquecia um pouco de falar dos problemas na hora de comer. Acho que ali percebi o quanto cozinhar pode ser importante, e que eu queria conhecer mais sobre a gastronomia, a ponto de escolher ela como profissão", compartilha Pedro.
Uma viagem pelos sabores
Tudo começou no SENAC Águas de São Pedro, em São Paulo, onde se graduou na área há 12 anos Logo após pegar o diploma, se mudou para a capital catarinense, passou por alguns restaurantes e hotéis da ilha e chegou a ter dois empregos num mesmo momento.
O esforço, porém, lhe rendeu dois estágios no exterior, uma no celebrado Noma, restaurante dinamarquês com duas estrelas Michelin que já foi o nº1 do mundo, e no El BulliLab, restaurante experimental do renomado chef Ferran Adrià.
Não satisfeito, Pedro viajou para o México, Suécia e Noruega representando Florianópolis na rede Cidades Criativas UNESCO da Gastronomia.
Hoje, ele trabalha com catering e como personal chef na capital catarinense, onde também é sócio no restaurante PURO Oyster Bar, especializado em vinhos e ostras: "Meu sócio é mergulhador profissional, então servimos no restaurante o que ele traz do mar", conta.
A escola da vida
Para o chef, a formação foi importante para lhe mostrar que gastronomia vai muito além de saber cozinhar: "Como qualquer graduação, ela é importante para criar uma base, mostrar outros pontos de vista e te fazer questionar algumas coisas. Porém, só na prática que você descobre o quão dura é a realidade de um cozinheiro, e que você tem que amar muito o que faz para se manter nessa profissão", conta.
Uma graduação e mais dezenas de cursos não te fazem um bom cozinheiro, mas sim a dedicação diária em uma cozinha, o estudo e errar muitas vezes durante todo esse processo".
O que guia essa paixão é a origem de sua família, com avós paternos de origem catarinense e maternos de origem pernambucana: "Esse contraste de sul e nordeste, por serem culturas totalmente diferentes, me fez querer conhecer mais sobre as outras gastronomias típicas do Brasil e do mundo", explica.
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