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Turismo brasileiro prevê "colapso iminente" e pede ajuda do governo federal

Vista aérea do Rio de Janeiro Coast com a praia de Copacabana e a Praia Vermelha ao pôr do sol - iStockphotos
Vista aérea do Rio de Janeiro Coast com a praia de Copacabana e a Praia Vermelha ao pôr do sol
Imagem: iStockphotos

De Nossa

30/04/2020 14h19

Diversas associações envolvidas no turismo no Brasil escreveram hoje uma carta aberta destinada ao Governo, exigindo soluções para o que eles se referem a um "colapso iminente" do setor.

Na declaração, as organizações questionam "o que acontecerá com tantas pessoas e destinos inteiramente dependentes dessa atividade", mencionando resorts, hotéis parques e atrações turísticas prejudicadas pelo impacto do coronavírus no mundo.

Destaca-se ainda como a MP 936 contemplou outros serviços, mas não o turismo. Números foram usados na carta para alertar sobre uma possível falência de empresas e municípios que dependem do turismo.

"Essa indústria foi a primeira a ser afetada e será a última a retomar sua normalidade. No Brasil, até o momento, já computamos R$ 14 bilhões de prejuízos no setor de Turismo desde o início da crise, 295 mil demissões, impactando 571 atividades econômicas dependentes do segmento de viagens", diz a carta.

O comunicado chega ao fim pedindo prioridade ao turismo do governo federal para a sobrevivência dos que precisam dele, usando da analogia que muitos desses negócios estão na "UTI" e "precisam de respiradores".

"A solução para passar da etapa de sobrevivência e chegar ao momento da recuperação depende principalmente de três movimentos que devem acontecer paralelamente: o primeiro é a prorrogação da suspensão do contrato de trabalho (MP 936) para o turismo, cuja retomada é mais lenta); o segundo é a liberação imediata de crédito para pequenas, médias e grandes empresas do setor e, por fim, mas não menos importante, criar estímulos fiscais para encurtar ao máximo a etapa de recuperação deste importante setor, grande gerador de empregos e indutor de forte impacto socioeconômico".

"Mais do que salvar 8,1 % do PIB Nacional é vital salvar toda a cadeia de empregos, diretos, indiretos, formais e informais, que atuam em todo setor do turismo do nosso país, do Oiapoque ao Chuí", conclui.

Assinaram a carta a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil), BLTA (Brazilian Luxury Travel Association), FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), Resorts Brasil, Unedestinos e o SINDEPAT (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas)