Essa roupa tem história: "Brechós são ideais para encontrar peças únicas"
Vitoria Fiore
Durante boa parte da minha vida, eu achava que brechós era apenas lugar de roupa velha. Um lugar sem estilo, com peças que não estavam por dentro da "moda" e, como consequência, não eram parte das últimas tendências atuais. Ainda bem que esse meu pensamento mudou!
Quanto me mudei para Nova York para estudar moda, ter "estilo" era quase um pré-requisito para pisar dentro do prédio. E com "estilo" eu não quero dizer estar por dentro das últimas tendências do Instagram, falo sobre traduzir a sua personalidade, fazer-se entender somente pelas suas roupas. Me senti muito mais livre para começar minha saga em busca do guarda-roupa que mais me identificava.
Do lado da faculdade, tinham dois brechós. Sempre curiosa, comecei a reparar que entrar lá era um programa dos alunos depois das aulas. E foi em um desses momentos entre aulas que encontrei minha primeira peça vintage de uma marca high end. Uma jaqueta Moschino, da coleção de outono/inverno 1992/93, em perfeito estado, por US$ 65.
Primeiro me perguntei porque alguém abriria mão de uma peça tão única. Havia ganhado de herança? Depois, comecei a me perguntar quem seria esse alguém? Onde ela morava; em quais lugares e eventos teria usado a jaqueta? Me perdi completamente nos meus pensamentos na fila do caixa.
Comprei e, no dia seguinte, já usei. Além do prazer de responder "é vintage" para quem me perguntava onde havia comprado, aprendi que, com as roupas de brechós, a chance de outra pessoa ter uma peça igual é muito pequena (síndrome de aquariana que quer ser única). Eu não tinha comigo apenas uma jaqueta, eu tinha uma história. E estava prestes a escrever outra
Como eu uso
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