"Cor é uma brincadeira": como Michell renovou uma casa antiga alugada
"Sempre quis que a minha vida estivesse em um cenário bom", conta Michell Lott. E foi assim que tudo começou: há alguns anos ele começou a fazer uma curadoria em sua vida e passou a ter um olhar mais atento aos arredores. "Temos que procurar beleza na vida". Diretor criativo, cenógrafo e consultor de cores, o mineiro já atuou como fotógrafo, designer gráfico e editor de um site de decoração. Seu universo é das imagens.
Hoje, Meu Apê pede licença poética pra publicar uma casa de vila que tem nome e sobrenome: é a Casinha do Retiro Espiritual Cósmico, em São Paulo. Um lar que se transformou com cores e ideias, ao longo de oito anos - tudo capitaneado por Michell e suas revoluções internas.
No instagram @lottlott está o reflexo de tudo isso: a evolução de cores da casa de 90 m² — que estava detonada quando foi encontrada por ele e mais duas amigas. Na época, pouca grana no bolso, era a opção mais próxima do prédio onde trabalhavam. "É uma casa torta. Às 23h30 a água acaba. Mas não estávamos em condição de escolher", diz.
Levou um ano para decidirem pintar as paredes. "Não sabíamos quanto tempo ficaríamos ali e relutamos em pintar por isso. Mas foi a melhor coisa. Vimos a diferença de colocar uma cor que tenha a ver com sua energia e sua personalidade". E para Michell, cor é diversão.
"Você pode acertar ou errar na cor. Mas errar é importantíssimo, porque abrimos espaço para novas possibilidades", ri. Sua cozinha comprova. O tom de coral, Zimbro, não era a escolha inicial. "Passaram cinco minutos e começamos a gostar. Depois amamos!", diz ele, que divide o endereço agora com o modelo Felipe Rocha e a jornalista Júlia Anadam. Isso se conectou com para a mesa pintada de verde limão — ousadia e diversão.
Uma sala em tom terroso, um quarto rosa, outro verde, uma porta amarela e um quintal roxo depois, ele planeja as próximas cores. "Estou com desejo de um vermelho profundo e em um amarelo quente". Quem sabe no próximo post?
Segredos pra transformar o lar
- "Pintar a parede é o primeiro passo", diz Michell. A partir dessa primeira mudança, os elementos vão se encaixando no cenário. "Isso muda a energia de um lugar e a gente entra num fluxo de mudança".
- Deixe espaço para o vazio nos espaços: "Muitas vezes prefiro deixar o vazio, para concluir algo sobre ele. Isso descansa nossa mente, aprendemos a olhar aquele espaço por outra perspectiva".
- Mude as coisas de lugar. "Nada deve ser muito estático. As coisas vão encontrando seus lugares na casa".
- Ter flores, galhos e folhagens que podemos pegar na rua. "No meu quintal, tem capim dos pampas, é de graça e dá uma energia para a casa".
- Sabe aquele pôster que você comprou e está esperando para colocar moldura? "Cola com a fita que você tiver mesmo na parede. Tire as coisas guardadas e use já!" O mesmo para aquela louça herdada das nossas avós: "Use tudo, não adie a felicidade".
- Montar um bar. "Mas cuidado. Aqui deu certo, mas deu muito errado: começamos a beber muito mais", ri Lott.
- Trocar móveis e objetos de ambientes. Tudo pode ter uma nova função
As @ que me inspiram
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