Como escolher o melhor vinho para a quarentena: siga estas dicas básicas
Em tempos de quarentena do coronavírus, o vinho pode ser nossa melhor companhia para ficar em casa. Aquela taça depois do horário do home office, no final de semana para ver um filme ou até mesmo para beber com os amigos e familiares nas chamadas de vídeo. Mas como escolher o melhor deles?
"O principal é saber qual vinho você gosta", conta o sommelier Eduardo Canabá, da Lusitano Import, ao Nossa.
"Ele já deve ser um dos eleitos na hora de comprar. Além disso, é importante saber também se o valor do vinho corresponde a sua qualidade, verificar se o local é idôneo e se a qualidade do produto foi garantida no lugar, como estar guardado deitado e refrigerado da forma correta".
Teste da rolha
Na hora de comprar um vinho, a rolha pode ser uma aliada. Segundo o sommelier, é possível fazer um teste rápido e básico nos supermercados com as garrafas para verificar a sua qualidade.
"Uma das dicas é apertar a rolha para baixo", aconselha. "Se apertou e ela cedeu, isso indica que o vinho foi mantido em pé por muito tempo e isso pode causar problemas. Entrou ar demais ou vinho avinagrou, por exemplo. Escolha outra garrafa, porque isso mostra que o vinho foi mal armazenado".
Rolha de cortiça ou de rosquear?
As garrafas que têm rolha de cortiça oferecem melhor qualidade à bebida, já as de rosquear são destinadas aos produtos de consumo rápido.
"As rolhas de rosquear são para vinhos mais jovens e que não são para envelhecer e a tampa serve apenas para tampar mesmo", conta. "O vinho com rolha de cortiça tem mais maturidade, envelhece muito melhor. Isso porque, a de cortiça funciona como um pulmão para o vinho, ela absorve o ar externo e joga para dentro da garrafa a quantidade de ar para ele evoluir".
Quem cuida do vinho, ganha pontos
Se a qualidade do vinho é uma das suas principais preocupações, busque sempre estabelecimentos que priorizem o armazenamento e os respectivos cuidados com o produto.
"Geralmente, em alguns supermercados, existem profissionais específicos para lidar com o vinho", diz. "É importante que tenha alguém relacionado, mesmo que seja um promotor que cuide do estoque".
O armazenamento do vinho é um dos principais precedentes para determinar a sua qualidade. Isso porque, caso seja misturado com outros produtos, isso pode interferir diretamente na bebida.
"A rolha, que é um material poroso, vai absorver os odores externos, como de produtos químicos de limpeza, batata, peixaria", diz. "É muito comum abrir um vinho em supermercado e, na hora de abrir, ter um aroma diferente do que é um vinho, de fato, pois foi guardado em um estoque que contaminou a bebida".
Preço determina qualidade?
Segundo Eduardo, o preço pode dizer, sim, muito sobre o vinho e vale sempre ter em mente o custo-benefício da bebida.
"Tudo que é bom é produzido em pequena quantidade", diz. "No mundo do vinho, é assim. Se ele tem um valor superior a outros vinhos, pode ver que a produção dele é menor, porque se dedicaram a produzi-lo melhor. O vinho não é fabricado, é produzido, pois é um organismo vivo e em constante evolução".
Qual escolher entre nomes diferentes?
Cabernet, Merlot, Malbec, Pinot Noir são nomes que não te dizem muita coisa? Pois saiba que é o tipo de uva, que determina o tipo do vinho, diz. "Cada um tem as suas próprias características, como ser mais corpulento, mais floral, os próprios aromas", aponta o sommelier.
É importante olhar a safra?
O sommelier dá uma fórmula rápida para matar essa charada e levar um produto mais gostoso para casa: "O vinho precisa ser sempre produzido um ano antes", conta.
"A bebida muito nova pode ainda ter muitos sabores alcóolicos. Com o tempo, ele vai melhorando. Safras mais velhas, como de três anos para trás, pode ter certeza que vai estar muito melhor do que os produzidos mais recentes".
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