Cores por todos os lados dão a cara para apê criativo e cheio de histórias
Há 15 anos o fotógrafo Rodrigo Ladeira e o videomaker Fabio Lamounier, ambos hoje aos 30 anos, se tornavam melhores amigos na escola. A vida manteve o laço: viraram sócios na produtora audiovisual Doma. E quando saíram da casa dos pais, passaram a dividir também um apartamento. Este generoso apê de 215 m² com dois quartos é seu segundo endereço, aliás.
De frente à Praça da República, no centro de São Paulo, eles moram, trabalham, se divertem, criam - e se entediam também - nesses tempos de quarentena.
O empurrão para transformar a casa veio quando o trabalho começou a se misturar à rotina. "Sempre fizemos produção em casa, e vimos que os clientes se sentiam mais confortáveis para ficar o dia todo. Por isso viemos para este apartamento maior. Aqui, colocamos música na vitrola e tudo flui bem", diz Rodrigo, citando as campanhas para marcas grandes de lifestyle, moda e publicidade.
No apartamento anterior, não existia verba para contratar um pintor. Foi aí que começaram a fazer tudo sozinhos, com referências vindas da internet e de amigas como as arquitetas do escritório Buji.
Hoje é diferente: o dinheiro para um pintor existe, mas eles gostam de pintar sozinhos. "Nossa direção de arte sempre teve foco em cor e objetos vintage. Naturalmente esse lugar é um cenário para tudo isso e fomos deixando mais bonito".
"A gente enjoa rápido, por isso a cada mês o apartamento está diferente
O apê vive em mutação. O primeiro foi o hall de entrada - um retângulo na chegada da sala - que se tornou inteiramente rosa. "Quando estamos num dia com menos trabalho, olhamos um para o outro e mudamos uma coisa de lugar, pintamos um canto. Gostamos mesmo de fazer isso."
Paredes que contam histórias
A sala tem cinco ambientes: depois do hall de entrada vêm estar, jantar, sala de música e o espaço da rede, que tem uma claraboia. Nela, as paredes brancas foram preenchidas com objetos trazidos de viagens, pôsteres, fotografias e o que mais eles acharem bacana por aí. "Não gostamos de parede branca, então colocamos várias coisas", ri Rodrigo.
O quarto ganhou tinta azul - que quase vai até o teto, sem uma demarcação exata. "Gosto de ocre com azul", diz. Já os móveis vieram de sites de segunda mão e de desapegos. "Aos poucos os espaços vão ganhando mobília. É algo que vai surgindo com o tempo, sem forçar".
#Quarenteners
A cozinha tem funcionado como um laboratório: aproveitando que tem cozinhado muito, Rodrigo pega um livro e reproduz todas as receitas - acompanhe no perfil @rooladeira. Já Fábio está com o projeto Mira (@fabiolamounier), em que une textos e imagens sobre a vida em distanciamento social.
Eles já eram bem caseiros, mas nesses tempos perceberam o sentido de lar. "Ficou muito claro que tudo o que precisamos está na nossa casa. Temos nosso trabalho aqui, segurança, conforto. É um privilégio transitar entre os cômodos e um orgulho ver que tudo o que está nele nós fizemos".
Segredos pra transformar o lar
- Mesmo se o apartamento for alugado, vale fazer mudanças. Rodrigo e Fabio apostam sempre em pinturas diferentes - veja nas fotos. "Entendemos que o gosto pode mudar, mas pinte a parede. E pinte de novo se enjoar".
- Compre móveis usados. Aqui fica a dica curiosa que Rodrigo usa, vinda de um amigo: "Nos sites, procure grafias diferentes para móveis, como escrivaninha com i no começo. Você vai encontrar coisas ótimas, que não vê normalmente".
- Use o que tiver à mão para contar sua história de vida. "Gostamos de cores nas paredes, mas a sala é branca, por isso recorremos a amigos para colorir com objetos: penduramos ilustrações, fotografia, coisas de viagens, chave antiga, cadeado. O importante é se reconhecer no que está ali".
As @ que me inspiram
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