Bares apostam em coquetéis autorais para enfrentar a quarentena
Mesmo com as portas fechadas, bares de São Paulo não param de trabalhar. Para continuar atraindo bons e velhos bebedores e chamar mais gente para o universo dos drinques, barmen e barwomen colocam a criatividade e parcerias na mesa para sobreviver aos tempos de pandemia.
Uma das novidades do período são os variados drinques autorais, vendidos engarrafados e levados às casas dos clientes. Algumas das novas combinações saíram da união de forças de bares e da necessidade dos bares de chamar a atenção dos consumidores.
O Apothek, que recebe apoio da gigante Diageo, se uniu ao Caracol para lançar o Umami Disco, feito com bourbon, saquê, Fernet, xarope de açúcar e infusão de pimentas (R$ 81, 375 ml), e já fez parcerias semelhantes com outros endereços, como o SubAstor e o Cozinha 212. Agora um drinque colaborativo com o restaurante Komah está nos planos.
"Os bares estão tentando que se reinventar", avalia Gunter Sarfert, que assina a carta de coquetéis do Caracol.
Marcelo Serrano, chefe de bar do Venuto SP, é outro está investido em novidades. Em parceria com a Drinks on The Rocks, ele começou a oferecer o coquetel Robusto, com vodca, Amaretto, suco de limão e purê de pêssego (R$ 119, quatro drinques) em uma caixa.
Os ingredientes vão separados e na dose certa, para o cliente finalizar em casa - até por isso foi possível incluir sucos e produtos frescos. Serrano ficou responsável pela receita, enquanto a Drinks on The Rocks seleciona os produtos, embala e vende.
"Responsa" na garrafa
Inventar um novo coquetel agora, porém, não é tão simples quanto antes, quando os clientes podiam conversar com os bartenders e contar o que acharam da bebida. Ainda por cima, há a questão de engarrafar os drinques. "Tem coisas que não funcionam bem. Sucos e cremes, por exemplo, não funcionam", acrescenta Gunter. "A saída é usar ingredientes mais alcoólicos, mas não pode ser muito pesado. Queremos agradar todo mundo."
Além disso, é preciso ser muito mais atento aos custos, afirma Serrano, do Venuto SP. "Precisamos pensar em preço e quantidade para que o coquetel seja viável", diz Serrano. "Não dá para fazer qualquer coisa, o cliente quer um produto de qualidade. Se ele recebe algo meia boca, é ruim para a nossa marca", acrescenta.
Bar em casa
Apesar dessas dificuldades, Sarfert e Serrano acreditam que esse cenário pode ser o tal "novo normal" para bebedores e os coquetéis engarrafados e assinados por bares tende a pegar.
"Um dos motivos é que nem todo mundo tem um bar bacana em casa para ficar inventando drinques", afirma Sarfert. Serrano acrescenta, ainda, que o delivery veio para ficar. "E a gente vai ter que oferecer novidades para os clientes."
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