Cerâmicas contemporâneas trazem estilo moderno para a decoração da casa
A cerâmica ganha uma linguagem contemporânea, um visual único obtido com decalques. É dessa conexão de técnicas que as imagens que permeiam a mente de Evelyn Tannus ganham vida em suas peças.
Assim que ela saiu da faculdade de Artes Plásticas, viu em frente uma encruzilhada: deveria se decidir entre a papelaria marmorizada e a cerâmica. Feliz, optou pela segunda opção e é graças a isso que hoje vemos as mãos, bonecas, os animais e outros objetos de identidade única.
Naquele começo, ao apresentar suas peças para lojas renomadas como a antiga Conceito Firma Casa (atualmente Firma Casa) em 2003, ela foi fisgada pelo sucesso da primeira leva e nunca mais parou de vender.
Em 2007, o ateliê nasceu perto de sua casa e é onde sua técnica se aprimora. Evelyn trabalha com, no máximo, uma ajudante e mantendo a produção limitada.
Pensamentos e imagens
Os decalques vieram em 2015, quando ela começou também a fazer coleções — sempre muito bem contextualizadas — e peças numeradas. "Gosto de usar os decalques porque permitem um trabalho mais limpo, com o grafismo certo", diz.
Depois de escolher a temática, trabalho com muitas imagens. Elas vêm de vários arquivos mentais , de pastas e pesquisas do universo relacionado ao tema"
Produção slow
Após o esboço inicial, cada peça recebe a forma — por vezes em moldes — e vai ao forno. Evelyn faz a pintura, aplica os decalques e queima novamente.
"Toda peça tem três queimas. Cada uma leva quatro ou cinco horas e ainda precisa esfriar para ser retirada. Assim, uma encomenda leva em torno de 15 dias para ficar pronta. É um trabalho demorado", diz.
O trabalho de Evelyn é acessível em lojas de decoração, mas também há peças sob encomenda e uma linha pintada à mão sobre a cerâmica branca — essas feitas com exclusividade. Sobre o material, a cerâmica branca é uma base para sua expressão artística.
Gosto de ter liberdade para trabalhar. Liberdade de expressar minha linguagem, fazer as peças que escolho. Nunca estou estacionada em um estilo."
Evelyn tem pedidos do exterior e ainda quer aumentar o ateliê — mas confessa a Nossa que gostaria muito é de "ir para uma casa no meio do mato e pintar" daqui a uns anos.
"Fico bastante no ateliê, inclusive sábado e domingo, eu amo. Gosto muito de trabalhar. Tenho muitas ideias: algumas eu consigo realizar e outras eu sofro sem conseguir", ri.
Com a pandemia o trabalho aumentou — e as inspirações que cercam seus pensamentos também. Sorte a nossa!
@s que me inspiram
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