Drinque também é cultura: saiba como os coquetéis são classificados
Assim como acontece com outras bebidas, os coquetéis podem ser divididos em diferentes "famílias", de acordo com suas características. Conhecer essas categorias pode ser uma boa ideia tanto para quem está se aventurando pelo universo dos bons drinques.
No caso da coquetelaria, porém, não há uma regra oficial para classificar as bebidas. Tem quem diga que existem 36 tipos de drinques. E isso pode atrapalhar mais que ajudar.
Dá para separar por preparo, por copo e até por período", explica Heitor Marin, chefe de bar do Seen, bar localizado no último andar do hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo
Vamos facilitar
Felizmente, há um jeito relativamente simples de classificar os coquetéis, usado por muitos bartenders, novatos ou experientes: seis famílias principais, com alguns ingredientes principais, que podem ser substituídos por outros, levando a outros resultados. É como se fosse a árvore genealógica da série "Dark", mas bem menos complicada.
A fórmula foi apresentada faz pouco tempo, em 2018, no livro "Cocktail Codex", de David Kaplan, fundador do premiado bar norte-americano Death & Co, e Alex Day, um dos primeiros bartenders da casa e hoje sócio do lugar.
O objetivo das divisões, dizem os autores, é oferecer um ponto de partida para a exploração de sabores, que vale tanto para quem quer fazer suas misturas quanto para aqueles interessados apenas em tomar um bom coquetel.
Hoje em dia as pessoas bebem também para obter cultura. Esse conhecimento enriquece a experiência", diz Marin.
"Entender um pouco mais sobre drinques abre as oportunidades dentro de um bar, fica mais fácil saber o que beber e em qual momento", destaca o chefe de bar.
As "famílias" e o que esperar delas
Daiquiri
Base: Rum branco, suco de limão, xarope de açúcar e rodela de limão.
Variações: Caipirinha, Gimlet.
"São drinques geralmente cítricos, com potência alcoólica média e ótimos para tomar durante o dia, especialmente mais os quentes", afirma Marin.
Flip
Base: Destilado ou vinho fortificado, ovo, açúcar e noz-moscada.
Variações: Pina Colada, White Russian.
A textura cremosa é a principal característica dessa categoria, que também pode levar creme de leite ou leite de coco. A batidinha brasileira pode entrar nessa família.
Martini
Base: gim, vermute branco, azeitona ou casca de limão
Variações: Vesper, Negroni.
"São secos e alcoólicos, servidos gelados em taças para serem bebidos rapidamente", diz o barman. Por sua simplicidade, permite inúmeras variações.
Old Fashioned
Base: bourbon, açúcar e bitter.
Variações: Boulevardier, Mint Julep.
"Tem bastante potência alcoólica, com presença bem marcante de bourbon. Costuma ser servido em copo baixo com gelo", afirma o chefe de bar do Seen.
Sidecar
Base: conhaque, suco de limão ou Cointreau e casca de laranja.
Variações: Cosmopolitan, Margarita.
Geralmente é preparado com um destilado, um licor e sucos de frutas cítricas. "É uma família mais requintada, com sabores complexos", afirma o bartender.
Whiskey Highball
Base: bourbon, água com gás, fatia de limão.
Variações: Bloody Mary, Cuba Libre.
"Apesar de ser refrescante e menos alcoólico, pode ser bastante complexo, dependendo do destilado usado. É uma opção para quem está começando e quer provar novidades", indica Marin.
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