Primeira casa de dois andares do mundo feita em impressora 3D tem 90 m²
Em julho, a Kamp C mostrou ao mundo o vídeo em que colocava em pé a primeira casa de dois andares feita pela maior impressora 3D da Europa. Agora, em agosto, o local foi aberto para receber o público e mostrou o resultado final, incluindo a decoração dos ambientes internos.
A construção possui 90 m² e fica em Westerlo, na Bélgica, e recebeu apoio do fundo Europeu de Desenvolvimento Regional para a sua realização.
A ideia por trás do projeto foi usar o método não tradicional para incentivar a indústria da construção a implementar a impressão 3D de concreto em suas técnicas de construção para moradias.
"Somos os únicos a imprimirmos uma casa em uma única peça com uma impressora fixa de concreto 3D', conta Emiel Ascione, gerente de projetos da Kamp C. "As casas que já foram impressas no mundo todo têm apenas um andar e, muitas vezes, são impressas em fábrica de peças montados no local. Já essa, imprimimos toda a estrutura direto na planta".
Diferenciais
A casa de dois andares impressa em 3D é três vezes mais resistente do que uma casa construída com blocos de construção rápidos.
Embora utilize de técnica inovadora para a maior parte da sua estrutura, o telhado, as janelas e os elementos internos foram adicionados usando técnicas de construção tradicionais.
"A resistência à compressão do material é três vezes maior do que o bloco de construção rápido clássico', explica Marijke Aerts, gerente de projeto da Kamp C, comparando aos modelos que já vemos na praça. "Essa primeira casa é um edifício de teste e será investigado se a solidez é mantida ao longo do tempo".
Além das fibras contidas no concreto, foi utilizada também armadura de retração mínima. A técnica em questão torna supérflua a forma do concreto, economizando cerca de 70% de material, tempo e dinheiro.
No futuro, se a resistência da casa se comprovar nos próximos anos, casas poderão ser impressas em dois dias.
O projeto em questão, na Bélgica, levou três semanas — desde a criação da estrutura no papel até a execução final.
Múltiplas utilidades e sustentabilidade
Em entrevista ao site "Spring Wise", o arquiteto Piet Wielemans disse que a construção pode ser adaptada para uma série de usos no dia a dia e não, necessariamente, servir como residencial.
"Nosso objetivo era imprimir a área, a altura e a forma de uma casa contemporânea média, com opções multiuso. Este é um princípio de construção circular. O edifício pode ser usado como uma casa, um espaço de reuniões, um escritório ou um espaço de exposição".
Além da economia de dinheiro para erguer as paredes, levou-se em conta também os aspectos sustentáveis.
O projeto possui uma série de recursos para se adaptar a essa recente demanda na arquitetura, incluindo painéis solares para a captação de energia solar e um telhado verde.
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