Roupa com história: "Vestido folk é lembrança sempre presente da minha mãe"
Camila Carreira
Minha mãe completou 50 anos no dia 31 de dezembro de 2004, quando eu tinha 13 anos. De presente, meu pai comprou para ela um vestido da Gaia, uma marca relativamente conhecida em Florianópolis, que tem umas roupas meio hippie-chic. Ela gostava muito daquela loja.
Demos o presente de manhã e ela usou na comemoração da noite. Ele tem comprimento mídi e é feito de um tecido super leve, com estampa florida, botões na saia e uma cordinha para amarrar nas costas, caso queira dar uma acinturada.
Lembro que ela usou ela amarrado nas costas, com um colar fininho de ouro e uma sandália no estilo papete, que no começo dos anos 2000 também estava na moda.
Dois meses depois, minha mãe faleceu, vítima de um câncer de colo de útero. Escolhi algumas roupas que ela tinha para guardar e o vestido foi uma delas.
Ele faz eu me sentir leve, e ao mesmo tempo tem um certo ar de inocência por trás do astral de "livre, leve, solto".
Hoje ele já está bem surrado, tem até um buraco nas costas, caíram uns botões da saia. Mas isso não me incomoda, até gosto do fato de ele estar todo meio errado, embora já não use mais para sair.
Costumo vestir para ir à praia ou quando quero me sentir confortável. Às vezes, coloco um short por baixo e encaro uma ida ao mercado.
Não tenho nenhuma lembrança muito específica em relação a algo incrível que eu tenha feito usando ele, além de que, é claro, toda vez que uso, lembro da minha mãe.
Quando a Taylor Swift lançou o novo álbum dela, com esse visual meio boho-folk, eu até brinquei que fui folk muito antes. Mas, no meu caso, a "lenda" por trás do look é real e bem mais emocionante.
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