IATA se pronuncia sobre estudos que abordam transmissão de covid-19 em voos
Nos últimos dias, um estudo feito pela agência norte-americana Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertou sobre a "falsa segurança" na pandemia do coronavírus dentro de um avião, após analisar o caso de uma mulher que contaminou 15 pessoas dentro de uma aeronave após um voo longo de Londres para o Vietnã no início do mês de março.
Com a repercussão na mídia, a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) escreveu um comunicado sobre a pesquisa com o seu pronunciamento sobre o caso.
Na declaração, a instituição reforça estar ciente sobre os incidentes estudados, como o caso reportado e outro de Boston a Hong Kong com a mesma abordagem.
No entanto, a IATA ressalta as datas em que foram feitas essas análises, quando a implementação de medidas de segurança ainda não eram tão aprimoradas como nas viagens aéreas feitas atualmente.
"Muitas medidas foram adotadas desde então, incluindo o uso obrigatório de máscaras e coberturas faciais, que agora é uma prática comum nos voos e em outros ambientes onde o distanciamento social não é possível", declara. "E em junho, as diretrizes 'Take-off' da OACI para operações seguras durante a crise da COVID-19 foram elaboradas e estão sendo implementadas pelos governos".
A IATA destaca ainda as orientações feitas aos passageiros durante os voos, como de higiene e distanciamento, e a comprovada eficácia das tecnologias que corroboram para evitar o contágio do covid-19 durante o percurso.
As aeronaves apresentam taxas muito altas de troca de ar e filtros HEPA que filtram mais de 99,99% de todas as partículas, incluindo vírus".
"Milhões de voos foram realizados desde o início do surto de COVID-19, com pouquíssimos incidentes relatados de suspeita de transmissão a bordo", acrescenta. "Acreditamos que os dados mostram baixo risco de transmissão do vírus a bordo quando comparado a outros ambientes públicos fechados, como trens, ônibus, restaurantes e locais de trabalho. Exemplos publicados indicam risco muito maior nesses ambientes.
Leia o comunicado na íntegra:
"Estamos cientes sobre os incidentes específicos nos voos estudados (de Londres para Hanoi e de Boston para Hong Kong), além de outros voos em que, potencialmente, ocorreu transmissão secundária a bordo do voo. A IATA faz referência aos incidentes de transmissão a bordo em seu documento Medical Evidence for Possible Strategies para ajudar o setor a manter a segurança dos voos.
Milhões de voos foram realizados desde o início do surto de COVID-19, com pouquíssimos incidentes relatados de suspeita de transmissão a bordo. Acreditamos que os dados mostram baixo risco de transmissão do vírus a bordo quando comparado a outros ambientes públicos fechados, como trens, ônibus, restaurantes e locais de trabalho. Exemplos publicados indicam risco muito maior nesses ambientes. As aeronaves apresentam taxas muito altas de troca de ar e filtros HEPA que filtram mais de 99,99% de todas as partículas, incluindo vírus.
Além disso, os dois voos estudados ocorreram em março e muitas medidas foram adotadas desde então, incluindo o uso obrigatório de máscaras e coberturas faciais, que agora é uma prática comum nos voos e em outros ambientes onde o distanciamento social não é possível. E em junho, as diretrizes 'Take-off' da OACI para operações seguras durante a crise da COVID-19 foram elaboradas e estão sendo implementadas pelos governos.
Embora o risco de transmissão em uma aeronave seja baixo, os passageiros podem tomar precauções adicionais para diminuir ainda mais o risco. Seguir as orientações para usar a máscara ou cobertura facial fornece mais proteção a todos a bordo. Os passageiros também são incentivados a praticar boa higiene das mãos - lava-las regularmente com sabonete ou higienizador à base de álcool e evitar tocar os olhos, nariz ou boca, principalmente após o contato com superfícies comumente tocadas.
Continuamos com a mente aberta e o olhar atento nos dados mais recentes e estudos da literatura médica".
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