Rihanna lança lingerie para homens e banca diversidade de corpos masculinos
A segunda parte do desfile Savage x Fenty Show, comandado pela "multimulher" Rihanna, chegou ao Amazon Prime nesta sexta (2).
A apresentação das peças já é conhecida desde sua estreia no mundo da moda íntima pela busca da diversidade: todos os tipos de corpos para todos os tipos de mulher. E, dessa vez, abraçou também os homens.
As peças, que variam de US$ 16 a US$ 95, podem ser adquiridas no site oficial da marca — com algumas delas já esgotadas — e trazem dentre as opções cuecas box, samba canção, calças e até uma espécie de robe.
Assim como no time feminino, um dos primeiros pontos de destaque são os modelos que estampam as underwears: os corpos "sarados", que já estamos acostumados a ver nas embalagens desses produtos, e corpos gordos.
Nas palavras de Rihanna, a "Savage x Fenty" é feita "para todo mundo".
Por incrível que pareça, tem quem ainda considere que Rihanna não tenha feito tudo. No Twitter, uma das discussões que aqueceram a rede social foi a falta de produtos para a comunidade gay.
Parte deles se frustrou pela ausência das jockstraps — peça íntima que cobre a apenas a parte frente.
De um lado, alguns dos usuários argumentaram que as peças lançadas por Rihanna são para o uso cotidiano, já outros relembraram as jockstraps lançadas por Lady Gaga na loja online para a era Chromatica. Opção não falta.
Em entrevista ao Nossa, Nicola Formichetti, diretor de moda da "Mother Monster", comentou sobre o lançamento dessas peças:
"Foi uma sugestão da equipe criativa. Quando sugeriram, ficamos: 'como assim?'", relembrou. "E entramos nessa, porque é algo que remete a força também de alguma forma. É incrível, além disso, tem uma pegada irônica e engraçada".
O mercado da lingerie masculina
Existe um mercado dedicado a essas peças, um deles é o Moot, marca de luxo inglesa criada por Jules Parker, um metalúrgico de 54 anos.
A decisão de criar esse negócio surgiu após ele pesquisar roupas íntimas que fossem bonitas e sensuais, feitas para caber no corpo de um homem, na internet e se frustrar com a ausência delas.
"Eu só encontrei peças que fossem em tom de deboche ou pouco elaboradas", conta ele em entrevista ao Nossa.
Para ele, a oferta da lingerie masculina, seja ela as peças que trazem renda ou até mesmo a jockstrap, é uma compreensão da necessidade de permitir que as pessoas se libertem das "regras de gênero impostas".
A fragilidade masculina está sendo discutida mais abertamente".
"Há um afastamento da conformidade cega com o que você "deve" vestir e as opções antes consideradas exclusivamente femininas, produtos de beleza, rendas, esmalte de unha, cuidados para sobrancelhas, depilação - estão todas se tornando populares".
Jules conta que, no site, já recebeu mensagens de namoradas e esposas que buscam as lingeries feitas artesanalmente para os seus devidos namorados e maridos. Ele ainda reforça que o Brasil é um dos países que mais as adquirem.
"Nos perguntamos se o homem brasileiro está culturalmente um passo à frente dos homens do Reino Unido e da Europa", comenta. "Um pouco mais livre, mais acostumado com a festa e a alegria da vida. Mais dispostos a celebrar a si próprios e não tão reservados quanto os ingleses podem ser".
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