Tequila supera má fama em bons drinques. Experimente com dicas certeiras
Para muita gente, tequila não traz boas lembranças. Em alguns casos, aliás, não há lembrança nenhuma, especialmente se a noite anterior foi regada a shots do destilado mexicano com limão e um pouco de sal - afinal, foi assim que a bebida se popularizou no Brasil e em várias outras partes do mundo.
A má fama, porém, não se justifica. "A culpa é dos rótulos de baixa qualidade que primeiro vieram para cá", afirma Ana Paula Ulrich, headbartender do Burle Bar, do Palácio Tangará, e vencedora da etapa brasileira de 2019 do campeonato Perfectionists, realizado pela tequila Patrón, marca que, por enquanto, não está mais à venda no país.
Segundo Ulrich, que viajou ao México para conhecer a história e a produção da bebida, a maioria dessas tequilas é classificada como mista e leva 51% de álcool de agave-azul. Elas passaram a ser mais produzidas na década de 1980, quando houve um boom do mercado de tequila, mas faltava agave para dar conta da demanda.
"Entre a plantação e a colheita, leva de 7 a 9 anos para o agave ficar no ponto. Aí começaram a fazer bebidas com menor quantidade do ingrediente para aumentar a produção", diz a bartender. Uma tequila com mais qualidade, no entanto, é feita com 100% de agave-azul.
Tem muita diferença de sabor, com toques mais herbáceos e minerais", explica Ulrich.
E ela funciona muito melhor para preparar coquetéis, desde clássicos como a Margarita (tequila prata, licor de laranja e suco de limão) até variações como a Rosita, também chamada de Tequila Negroni.
Quem estiver disposto a provar uma bebida melhor, vai perder a má impressão", diz a bartender.
A seguir, explicamos tudo o que você precisa saber para preparar um bom drinque com tequila ou simplesmente tomar uma dose do destilado e não acordar com um mexicano gritando "arriba!" na sua cabeça no dia seguinte (desde que você não exagere, claro).
Parece, mas não é
Principal ingrediente da tequila, o agave-azul parece um cacto, mas não é. A planta é nativa da região mexicana de Jalisco e também usada para preparar outros destilados, como o mezcal e o pulque. Basicamente, o agave é assado, resfriado, moído e colocado para fermentar. Esse "vinho" de agave é então destilado para se transformar em tequila.
De prata a extra añejo
A bebida mexicana recebe várias classificações. Todas as tequilas nascem "prata". Quando é misturada com outros tipos de álcool, é chamada de "mixto". A "oro" é a bebida mista com adição de caramelo. Uma tequila 100% agave envelhecida por até 2 meses em barril de carvalho é chamada de "reposado". A versão "añejo" é envelhecida de 1 a 3 anos em pequenos barris de carvalho, enquanto a "extra añejo" é envelhecida por, no mínimo, 3 anos.
Não é pizza
Para a coquetelaria, a versão "prata" acaba sendo mais versátil. Sem dúvida, o coquetel mais famoso de tequila é a Margarita (marguerita é pizza, nunca se esqueça disso). Além do destilado, leva suco de limão e Triple-sec, licor de laranja incolor.
Clássicos e versões
Há outros drinques tradicionais, porém menos conhecidos por aqui: Paloma (tequila com refrigerante de grapefruit), Tequila Sunrise (com suco de laranja e xarope de romã). Clássicos da coquetelaria, como o Negroni e o Old Fashioned, também têm versões feitas com o destilado mexicano.
"Também gosto muito da Maria Sangrenta, o Bloody Mary com tequila", diz Ulrich. "Uma variação que vi no México e gostei bastante é o Vampiro. A tequila, o suco de limão e o suco de tomate temperado vêm separados à mesa, e você mistura os ingredientes na quantidade que preferir."
Aposte no sal
Shot de tequila com sal, Margarita com sal na borda, Michelada com tequila. Nada disso é coincidência, segundo a especialista na bebida. "Os toques minerais de tequila combinam com o sal", ensina Ulrich.
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