Estilista de Gaga a Miley Cyrus, Tomo Koizumi é puro drama, volume e cores
Para a exposição "O fabuloso universo de Tomo Koizumi" — em cartaz na Japan House, em São Paulo, até o dia 10 de janeiro de 2021 —, foram selecionadas 13 peças significativas na carreira deste grande artista, incluindo três criadas exclusivamente para a mostra.
"Eu venho pensando que nem todo mundo pode usar os meus vestidos, mas todo mundo pode ter um bom tempo admirando-os", conta Tomo em entrevista exclusiva a Nossa. "A exposição mostra o lado da moda como uma fantasia e espero que possa ser o colírio para os olhos para as pessoas".
A mostra inclui ainda o vídeo do icônico desfile em Nova Iorque e detalhes que mostram um pouco dos bastidores criativos e da história meteórica do artista nascido na província de Chiba, no Japão
Quem é Tomo Koizumi?
Aos 32 anos e finalista do prêmio LVMH em fevereiro de 2020, Tomo Koizumi é considerado hoje um dos principais jovens designers do Japão e veste celebridades internacionais com as suas peças em eventos de gala e red carpet.
"Trabalhei como figurinista há mais de 9 anos, então fazer drama é um dos meus assuntos preferidos", brinca na entrevista. "Quando decidi ser designer de moda por volta de 2002, havia mais peças teatrais em desfiles de moda e eu adorei muito. Ainda estou seguindo esse sonho".
Entre alguns dos nomes que já vestiram as suas roupas estão Lady Gaga, Miley Cyrus, Bella Hadid, Katy Perry, Rina Sawayama, entre outros.
"É especial para mim que grandes nomes como elas vistam minhas roupas, porque a maioria dos meus vestidos são projetados para esse tipo de pessoa", diz. "Ou seja, pessoas que estejam no palco, na mídia".
A lista é longa e não à toa.
O jovem artista vem conquistando respeito e admiração no mundo fashion com suas criações famosas pelo encantamento, em produções únicas feitas com 50 a 100 metros de organza japonesa cada uma, trazendo cores e volumes extravagantes, que representam o seu universo recheado de criatividade.
Quando perguntado como esses traços que já o representam na moda internacional começaram a ser trabalhados como matéria-prima, Tomo reforça o resgate das suas origens: como os Origamis, por exemplo, que sempre exerceram fascínio a sua mente criativa.
"A organza é fácil de conseguir no Japão, tem mais de 170 cores", conta. "Fazer volume é muito importante para mim porque adoro vestidos grandes e não há muitos deles hoje em dia. Além disso, a combinação de cores é um dos grandes fatores do meu design".
Estou tentando fazer designs mais exclusivos com o que tenho e posso usar no Japão".
O estrelato surpresa
Tomo é formado em Pedagogia e Artes Plásticas, mas foi na moda que encontrou seu caminho para comunicar-se ao mundo — embora as artes não tenham ficado de lado.
Foi depois de uma mensagem enviada pela jornalista e stylist Katie Grand, que o convidou para fazer um desfile de estreia na Semana de Moda de Nova York, em 2019, há menos de um mês do evento, quando as passarelas ganharam um novo nome de destaque.
"Acredito que a moda tem poder de influência na sociedade", opina o estilista. "Não tenho certeza se posso dizer que moda é arte, mas moda é um caminho mais fácil de captar o interesse das pessoas — e gosto como isso funciona".
Enquanto concluíamos o bate-papo, a pergunta que não poderia faltar era como seriam as suas próximas criações em um universo pós-pandemia. Tomo então isenta-se de falar sobre tendências e vai além:
"Não só eu, mas acredito que as outras marcas devem fugir de tendências e estações, eu espero", conclui. "Precisamos de menos roupas sem sentido e criar roupas mais significativas".
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