Cintura baixa, piercing e franja: quando voltamos para os anos 2000?
O ano é 2020, mas parece que os tempos pandêmicos nos levaram para um passado não muito distante, quando a moda fazia outro sentido no nosso dia a dia.
No universo feminino, Kim Kardashian e Paris Hilton apareceram juntas desfilando conjuntinhos de veludo e Bella Hadid nunca desfilou tantas calças de cintura baixa.
Já no masculino, o cantor Troye Sivan resgatou o piercing no nariz — aquela bolinha que foi uma febre, lembra? — e as bijuterias coloridas, que se parecem com doces.
Enquanto isso, Justin Bieber deixou a franja crescer, como quando estourou com "Baby". Um belo acompanhamento revival para a sua linha de Crocs.
Tudo isso nos traz referências de muitos anos atrás e prega um dos pilares principais da moda: as tendências circulares. Ou seja, o famoso "tudo que vai, volta".
Esse ponto é sustentado pela consultora de moda Bruna Fagundes a Nossa: "O retorno de roupas é um assunto que sempre entra em pauta e chama a atenção, porque é tão cíclico quanto as tendências".
Como conta a profissional, o que é hype no momento, na maioria das vezes, é reinventado de algo que fez sucesso no passado. O intuito, ou pelo menos um deles, é simples: romper com o estigma de que, no futuro, nos vestiríamos como nos filmes de ficção científica dos cinemas.
"Acredito que, claro, não deixe de ser uma estratégia de marketing, mas também estimula até mesmo o consumo mais consciente de roupas", diz ela, citando a compra em brechós como um exemplo.
A estética dos anos 2000
Além da visibilidade por meio dos famosos no street style, é nas redes sociais onde nasce a paixão por esse visual.
Na verdade, essa plataforma enfrenta uma dualidade: ao mesmo tempo em que reforça tais tendências por meio de compartilhamentos com altos níveis de engajamento, não é difícil encontrar os que se negam a acreditar que essas peças possam voltar, como a calça de cintura baixa.
Maíra Vicol, especialista em moda contemporânea, explica para Nossa como o Instagram, por exemplo, é uma das principais ferramentas para que os anos 2000 estejam em voga.
"Acho que é muito sobre o que a Geração Z vem pregando", opina. "É um misto do diferente e arrojado com um saudosismo presente nos millennials. Como se fosse uma soma entre ambas as gerações".
Outro ponto importante ressaltado por Maíra é a forma com que os padrões de beleza, ao longo dos tempos, determinaram o que está na moda.
"Existiu um tempo em que era preciso estar dentro de uma caixinha para usar certas peças", conclui. "Hoje em dia, funciona por outro ponto de vista, mais original. É a liberdade de poder usar o que quiser, se encaixando ou não nesses padrões".
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