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Brasil com Zeca tem revelações de Silva, macarrão rústico e volta ao mundo

De Nossa

08/11/2020 13h45

Neste domingo (8), o cantor Silva, o viajante Anderson Dias e o chef pantaneiro Paulo Machado foram os grandes convidados do programa Brasil com Zeca, comandado por Zeca Camargo todas as semanas em Nossa.

O apresentador começou o programa homenageando a cantora Vanusa, que morreu neste domingo, e celebrando a eleição de Joe Biden, mas ainda mais a de Kamala Harris — cujo discurso foi direto para a Curva das Expectativas Flutuantes, ao dizer que é a primeira mulher negra vice-presidente dos EUA, mas não será a última.

Para Zeca, a fala deve servir como inspiração para mais mulheres entrarem na política, também aqui no Brasil.

Bate-papo com o cantor Silva

O cantor Silva - Breno Galtier/Divulgação - Breno Galtier/Divulgação
O cantor Silva
Imagem: Breno Galtier/Divulgação

Silva conta que não tem talento para cozinha — "só para música mesmo". O cantor confessou que a cozinha de sua casa tem sido meramente decorativa

Na quarentena, trabalhei bastante, planejei aprender a cozinhar, mas não deu certo", brincou Silva.

"Fiquei no estúdio de segunda a sexta durante meses", lembrou Silva. Novo trabalho sai no dia 10 de dezembro, mas o cantor ainda não releva o título do álbum.

Morrendo de saudade do carnaval, Silva agita shows na data. "O último bloco foi maravilhoso. Foi muito importante", conta ele, que comanda O Bloco do Silva. Ele conta que a ideia surgiu a partir da vontade de tocar para as pessoas na rua, em 2019. E em 2020, no Memorial da América Latina para 10 mil pessoas.

A pandemia adiou planos de mais shows e existe a possibilidade de retorno em abril ou maio. "Em abril a gente conversa", brinca Zeca.

Capixaba, Silva mora em Vitória, capital do Espírito Santo, e resiste em sair de sua cidade-natal.

Todo mundo tenta em empurrar para Salvador, São Paulo. Mas aqui é uma cidade pequena, com praia. E eu preciso de praia", conta.

Apesar do forte vínculo, o artista tem vontade de passar um um tempo em lugares diferentes. Silva relembrou sua passagem por outros países, como Uruguai e Japão - em que ficou um mês em Tóquio e teve a oportunidade de cantar no karaokê em que foram gravadas cenas do filme "Encontro e Desencontros".

"Na pandemia, viajei para trabalhar e dei escapadas para o interior, para dar uma descansada", disse.

Viagem pelo mundo

Anderson Dias, do 196 sonhos - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Anderson Dias, do 196 sonhos
Imagem: Arquivo pessoal

Zeca conhece 114 países, mas imagina um brasileiro que conhece todos os países do mundo? Anderson Dias, recifense, fez isso.

"Eu tenho inveja do seu passaporte", brincou o apresentador. "Durante a viagem eu ficava querendo passar o número de Zeca e Glória Maria", contou Anderson.

O viajante conta que foram duas voltas ao mundo, uma ao norte e outra ao sul, em sentido leste. E tudo isso sem falar inglês perfeito - mas bem praticado.

Minha intenção era pegar o menos frio possível. Acompanhei o sol. Viajei só com um casaco bom", lembrou Anderson.

"Se não tivesse rede social, não estava falando com você hoje. A internet tem muita força", diz. "Saí com 150 mil - num roteiro de um ano e meio que valeria meio milhão. Capitalizei nas redes para seguir viagem", lembra.

Anderson também rememorou perrengues, como quando ajoelhou-se para conseguir um visto para Bangladesh, e dificuldades em Serra Leoa. "Além de ter dinheiro, você precisa passar em situações de humilhações em embaixadas", disse. O visto da Coreia do Norte, por exemplo, foi obtido com uma amiga, através da China e no valor de 3000 euros. Já no Iêmen ele entrou com uma AK-47 no peito

Em seu top 5, Anderson brinca que ia votar Recife, mas elege Budapeste (Hungria), Copenhagen (Dinamarca), San Juan (Costa Rica), Bangkok (Tailândia) e Queenstown (Nova Zelândia).

"Brasil Cozinha Comigo"

O Chef Paulo Machado prioriza ingredientes típicos da região pantaneira  - Lucas Possiede - Lucas Possiede
O Chef Paulo Machado prioriza ingredientes típicos da região pantaneira
Imagem: Lucas Possiede

O chef Paulo Machado ensinou a fazer o Macarrão com comitiva - prato típico de Mato Grosso do Sul, terra do chef que pesquisa e explora suas raízes.

Feito em uma panela só, o prato é produzido à base de carne de sol e macarrão frito e foi concebido para facilitar as viagens da comitiva de gado.

Os italianos que me perdoem, mas precisamos cortar o macarrão para as pessoas comerem mais facilmente", indica o chef.

Paulo conta que a paixão começou ainda na cozinha da avó e que fortaleceu quando foi para São Paulo, onde estudou Direito. Aos 24 anos, entrou de cabeça no mundo da gastronomia e foi até a França. A valorização da cultura local o inspirou a se aprofundar em suas raízes do Pantanal, e através destes estudos, tornou-se uma referência sobre ingredientes e pratos da região.

Para harmonizar, Paulo indica o cozido (uma espécie de mate), enquanto Zeca apreciou o macarrão de comitiva com uma cachacinha.

"Um dos orgulhos que a gente tem é ser uma terra de culturas misturadas", disse Zeca.

Curva das Expectativas Flutuantes

Maju Coutinho e sua espontaneidade ao vivo e Kamala Harris foram os grandes destaques para Zeca. Na outra ponta, está a insistência do presidente norte-americano, Donald Trump, em invalidar a eleição de Joe Biden nas eleições norte-americanas.