Tainá Müller sobre violência doméstica: "Confinamento só aflorou monstros"
No Brasil com Zeca de hoje, Tainá Müller aproveitou o recente lançamento da série "Bom dia, Verônica", em que dá vida à protagonista, na Netflix, para falar sobre os casos de violência doméstica durante o confinamento da pandemia do coronavírus.
No bate-papo, ela e o apresentador Zeca Camargo discutiram o aumento dos números de violência doméstica no Brasil. No entanto, a atriz pontuou como isso não é uma consequência do tempo em que estamos "presos" dentro de casa, mas consequência de uma cultura machista já estruturada na nossa sociedade.
"Acho que não dá pra colocar culpa no confinamento, não é por isso que os homens começaram a bater nas mulheres", disse ela. "Isso já existia, essa cultura machista, que, de alguma forma, permite que os homens façam isso".
No confinamento, esses monstros afloraram ainda mais. Não é que não tava ali, entendeu?".
A produção, opinou Tainá, acabou se tornando educativa por educar os telespectadores sobre a violência doméstica, embora o intuito principal seja explorar o gênero thriller.
"O maior mérito é explorar a violência doméstica e a presença opressora dentro de casa", disse a atriz. "Faz as pessoas se perguntarem: 'por que essa mulher está tão assustada com esse homem?'. A série acabou se tornando educativa, pois muitas mulheres se viam na mesma situação da Janete. Muitas disseram que passaram por isso pra mim nas rede sociais".
Sobre a segunda temporada de "Bom dia, Verônica", Tainá adiantou: "Devemos começar a gravar no segundo semestre de 2021. O lançamento, eu não sei".
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