Topo

Dior mantém Johnny Depp após ator perder caso como "espancador de mulheres"

Johnny Depp para Sauvage, fragância da Dior - Reprodução
Johnny Depp para Sauvage, fragância da Dior Imagem: Reprodução

De Nossa

30/11/2020 12h46

Há mais de cinco anos juntos, a Dior decidiu manter Johnny Depp como o rosto da fragrância Sauvage, mesmo após o ator perder o processo de difamação contra o jornal britânico "The Sun", que o descreveu como "espancador de mulheres".

O veículo foi processado pelo protagonista dos filmes "Piratas do Caribe", que alegou ter a sua imagem pública suja pelo jornal. No entanto, no começo do mês de novembro deste ano, o juiz concluiu que as agressões contra a atriz Amber Heard, em 2010, noticiadas pelo "The Sun", teriam "provas contundentes" como origem para a matéria publicada.

Johnny Depp foi condenado a pagar ao jornal uma quantia inicial de £ 630 mil em taxas legais.

A polêmica não influenciou a Dior que, esta semana, reapresentou o ator no anúncio da fragrância em um comercial veiculado para uma rede de televisão britânica.

O jornal "The Guardian" afirma que Depp recebeu entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões pela campanha da grife.

O especialista britânico em relações públicas Mark Bokowski disse ao jornal que apoiou a Dior demitir Depp, mas entende por que eles não o fizeram.

"Acho que seria sensato para a Dior romper os vínculos com Depp", disse Bokowski. "Qualquer coisa pode ser interrompida, apertando um único botão, se eles realmente quisessem."

Desde que o anúncio foi veiculado, os fãs de Depp, usando a hashtag #Justiceforjohnnydepp nas redes sociais, postaram mensagens de apoio ao ator e à continuação da colaboração com a Dior.

As pesquisas na internet por "Sauvage" aumentaram 23%, de acordo com o site de beleza Cosmetify. A colônia é a fragrância masculina mais vendida da The Fragrance Shop e está na lista dos mais vendidos da The Perfume Shop.

A Dior é uma das únicas marcas a apoiar Depp depois que ele perdeu seu processo por difamação contra o "The Sun". Em contraponto, o ator foi demitido do terceiro filme da saga de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", da Warner Bros, após perder o processo contra o título de "espancador de mulheres".

Ele ainda deve receber US$ 10 milhões por ter estrelado uma cena que não deve ser cortada no longa-metragem.