Saiba como precificar doces caseiros e ganhar dinheiro em seis dicas
Todo empreendedor costuma ressaltar o quanto a empreitada é difícil. Em tempos de crise, porém, é uma ótima alternativa para gerar renda por conta própria e ainda elevar a autoestima.
Para alcançar o sucesso e, claro, ter lucro, o primeiro passo é saber precificar seu produto. Para ajudar quem está começando a produzir e vender doces feitos em casa, a confeiteira Tábata Romero, que ostenta a marca de 1 milhão de inscritos em seu canal no YouTube e mantém conteúdo na plataforma de cursos gratuitos Meu Plano D, dá seis dicas para transformar aquela sobremesa em um produto vendável e desejado.
Conversão
O primeiro passo da precificação consiste em fazer a conversão de medidas. Em vez de xícaras e colheres, como costuma aparecer em receitas, passe a olhar para os ingredientes em gramas.
Até mesmo o que é vendido em quilo, como o açúcar e a farinha, precisam ser passados para gramas também. No caso de litros, leve em consideração que 1 litro pesa 1 quilo, ou seja, 1000 gramas.
Ficha técnica
Crie uma tabela para encontrar o peso final da receita. Coloque cinco colunas divididas em: (A) ingredientes, (B) peso da embalagem fechada, (C) preço da embalagem fechada, (D) quantidade utilizada e (E) preço final.
Para chegar ao número que precisa, tenha uma calculadora em mãos (pode ser a do próprio celular) e faça a conta:
D vezes (x) C dividido (÷) por B resulta (=) em E para cada ingrediente.
Depois que fizer isso com cada item, some o total para chegar ao custo completo. Dica: leve em consideração a quantidade precisa de produtos que é utilizada, como indicado na etapa acima.
Definição do preço
Os ingredientes não são os únicos a entrarem na conta. Adicione 25% para gastos incalculáveis, como água, energia elétrica e até mesmo o detergente usado para lavar a louça. Também vale pensar na taxa de desperdício, ou seja, naquele pedacinho de bolo que pode ficar preso na forma sem nem perceber.
Multiplique tudo por três para botar na calculadora também a mão de obra e o lucro. Atenção: quando as receitas rendem mais de uma porção, como o pão de mel, é necessário fazer mais uma conta: dividir o total pelo número de unidades para obter o preço mínimo de cada um. Por fim, adicione o custo integral da embalagem.
Avaliação da estimativa de preço e lucro
Você já deve ter reparado que um mesmo produto pode ter preços diferentes a depender da cidade, ou mesmo bairro. Por isso, ainda que o custo mínimo, por exemplo, seja em torno de R$ 1,80 para cada unidade de pão de mel, é recomendado avaliar os preços praticados onde você se encontra.
Em média, é possível precificar entre R$ 3,00 e R$ 4,00. Assim, se chega à margem de lucro. Dica: nunca precifique abaixo do preço de venda da receita, caso contrário, não existirá lucratividade.
Revenda
Um outro modelo de negócio possível é vender para que outra pessoa ou estabelecimento revenda seu produto para o cliente final. Trata-se de uma boa alternativa para ampliar a produção e a distribuição dos seus doces.
O primeiro passo é encontrar um parceiro que possa se tornar um revendedor. O segundo é ver quanto vai cobrar, pensando que ele pode cobrar dos clientes o mesmo valor que você ou até mais.
Para se chegar ao custo mínimo para a revenda, é necessário dividir o custo final da receita por três, levando em consideração que o lucro, mão de obra e os ingredientes estão incluídos e dar desconto a partir da fatia de lucro. Não se esqueça de repassar também o custo da embalagem.
Embora dê a sensação de que você esteja vendendo o seu produto por muito menos, é na escala, e na possibilidade de alcançar um maior público, que o modelo vale a pena.
Reinvestimento
Um negócio bem-sucedido precisa de estratégia também quando está dando lucro. Para fazê-lo crescer, é necessário organizar o valor total acumulado a partir das vendas. O primeiro passo é dividi-lo por três, considerando os custos, a mão de obra e o lucro.
A parte correspondente aos custos pode ser alocada para a compra de novos ingredientes, enquanto a de mão de obra pode ser destinada para o pagamento das contas de água, luz e outras que fazem parte da produção.
Já a fração de lucro pode ser investida para, aí sim, o crescimento do negócio. O objetivo desse gerenciamento financeiro é evitar que o dinheiro necessário para a compra de novos ingredientes seja diluído em meio a outros gastos pessoais, inviabilizando o negócio.
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