Plantas proibidas para cães e gatos: saiba quais são e proteja seu pet
Você comprou um pinheirinho natural para enfeitar a casa neste Natal e o integrante da família que mais se interessou pela arvorezinha foi o seu pet. Sinal de alerta ligado.
A convivência harmoniosa entre plantas e animais é possível desde que sejam observados alguns detalhes.
O pinheirinho não é tóxico, mas os galhos são bem duros e podem machucar a boca dos animais. Se ingeridos, podem irritar estômago e intestino.
O melhor é o de plástico mesmo", disse a veterinária Thais Santana Sousa, especialista em Medicina felina.
Proibidas e permitidas
De acordo com ela, a maioria das plantas tóxicas para gatos são igualmente prejudiciais se ingeridas por cães.
Veja a lista completa com recomendações de Thais, do nefrologista e urologista veterinário Robledo Passafaro e de Talita Michelucci Ribeiro, veterinária da Cobasi.
Proprietária da primeira clínica especializada em gatos do Brasil, no Rio de Janeiro, a professora doutora pela Universidade Federal Fluminense e médica veterinária Heloisa Justen, 58 anos, disse que atende muitos felinos intoxicados pela ingestão de lírios.
Provoca uma doença renal muito aguda e em poucas horas sem socorro o gato pode vir a óbito."
No comando da clínica há 25 anos, a veterinária disse que a terra dos vasos e jardins é outro fator de preocupação porque os gatos podem contrair uma doença provocada por fungos chamada esporotricose e que pode, inclusive, ser transmitida para humanos.
Como evitar o contato
Animais que mudaram de residência ou que permanecem por muito tempo sozinhos e acabam ficando entediados também são fortes candidatos a comerem o que não deve. "Não só plantas, que muitas vezes são atrativas, mas pés de cadeira, sofás, vão comendo tudo", afirma a professora de Toxicologia e Farmacologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Silvana Gorniak.
Na opinião da professora, mais do que evitar ter as plantas em casa, os proprietários de pets devem dificultar o acesso a elas.
"A melhor solução é essa porque, na verdade, conhecemos as plantas tóxicas porque temos relatos sobre casos, mas não sabemos sobre estas híbridas que estão surgindo agora. O mais importante é colocá-las de tal maneira que os animais não as encontrem", diz.
Com um verdadeiro jardim na sacada, Thais mantém uma turma nota dez em comportamento: os dois gatos, Mostarda e Nutella, e cachorra Vitória nunca tentaram "degustar" as plantinhas da casa.
Para quem não tem a mesma sorte, porém, ela recomenda: "Tenha plantas que não sejam tóxicas. Outra dica que eu sempre dou para as clientes é fazer um preparo com água e um pouquinho de pimenta e borrifar na planta. Às vezes dá certo de o pet não comer."
Mais uma sugestão é fazer um jardim vertical o mais alto possível, sem qualquer móvel por perto e com obstáculos que impeçam sua aproximação e não sejam "escaláveis" (uma rede de balanço, por exemplo).
O que fazer no caso de ingestão
Robledo Passafaro recomenda que, em caso de ingestão ou contato com plantas tóxicas, o proprietário deve lavar a boca do animal com água corrente.
"Mas cuidado para não fazê-lo engolir os resíduos e não o afogar. Assim, você retira quaisquer resquícios da planta ou de seiva que sobrou por ali. Não provoque vômito e não dê nada para o cão comer ou beber, nem água.
Em seguida, procure imediatamente um veterinário e não se esqueça de levar uma amostra ou uma foto da planta tóxica."
"Os cães são mais sensíveis à intoxicação porque vão comendo tudo. Os gatos são mais ariscos. A idade do animal também é um fator a ser levado em consideração: quanto mais novinhos, mais curiosos, exploradores, e a chance é bem maior", disse Silvana.
Informação é tudo
Silvana coordena um trabalho realizado com os alunos da graduação que resultou na edição de um livro financiado por uma indústria farmacêutica veterinária e que será presenteado a profissionais da área.
"Trata-se de um guia com as plantas tóxicas para os pets, quais os sintomas e como deve ser o tratamento. Esperamos que estas informações cheguem aos veterinários porque muitas vezes eles não sabem do que se trata, não são botânicos, e pode haver um diagnóstico errado", disse.
Outro projeto, de acordo com a professora, este para 2021, tem como alvo as grandes redes que vendem rações para pets e que também comercializam plantas. A ideia é capacitar os funcionários para que possam fornecer aos clientes informações corretas sobre a influência de determinadas plantas na saúde dos animais.
Outra ideia nesta mesma linha é deixar nestas lojas totens onde os proprietários de pets possam fazer a leitura de QR codes que informem sobre plantas e alimentos tóxicos para os animais", explicou Silvana.
*com reportagem de Gabrielli Menezes
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