Empanada de carne é fácil de fazer e lanche ideal para qualquer idade
O que é comida de criança? A jornalista e cozinheira Aline Alves aposta na comida de verdade. Longe dos químicos dos industrializados e perto do que sua avó fazia quando era pequena, ela desenvolve receitas que conectam pais e filhos, do preparo à mordida.
Na gravidez, percebi que o universo da alimentação infantil era muito conturbado e quase místico. De um lado, pais se sentindo incapazes de alimentar seus filhos em todas as idades. Do outro, uma indústria que abusa da publicidade para vender ultraprocessados para crianças".
Uma de suas criações, que promete fazer feliz também os adultos, é a empanada. Apelidado de "brachilena", o quitute reúne as vivências gastronômicas de Aline no Brasil e no Chile, país onde morou por 5 anos e tem o salgado como ícone.
Feita do zero, a massa é um divertimento para as crianças. Na composição, leva farinha de trigo, água gelada, sal e uma gordura: banha de porco ou manteiga. O recheio de carne, úmido, inclui cebola, azeitona sem caroço, salsinha e temperos como páprica e pimenta calabresa.
Para que a empanada fique bonitona, o segredo está em fechá-la direitinho com os dedos. "Se preferir, aperte as bordas com a ajuda de um garfo, o desenho fica lindo e deixa as empanadas bem fechadas".
Outro passo importante é pincelar uma mistura de gema e leite na superfície — é assim que elas ficam deliciosamente douradas.
Não gostou do recheio de carne? Está permitido ousar:
Além de ser suculenta, essa receita permite brincar com recheios, de acordo com a preferência de cada um. Inclusive doces, como geleias e doce de leite".
Colorindo a vida
A maioria das guloseimas que Aline apresenta no Instagram é tingida naturalmente.
"Provei inúmeras empanadas de restaurantes e amigos chilenos e comecei a reproduzir receitas tradicionais. Com o tempo, fui usando corantes para encantar as crianças e dar um novo olhar a esse prato tão comum no Chile. Lembra o nosso pastel de forno".
Transformar a aparência do salgado é mais fácil do que parece. Veja como:
- Rosa: basta adicionar à massa duas colheres de sopa de beterraba ralada fininha;
- Amarelo: uma colher de chá de açafrão/cúrcuma bem misturada à massa é suficiente;
- Verde: folhinhas de espinafre batidas com um pouquinho de água no liquidificador substituem a água usada na receita.
De geração em geração
A primeira lembrança de Aline perto do fogão é sentada na pia junto da sua avó materna, que cantava e cozinhava ao mesmo tempo que cuidava da neta. Esse tempo juntas geralmente rendia pedidas saborosas, como biscoitos e bolos.
Aline também se lembra de observar com atenção a mãe, responsável pelas refeições diárias em casa. Aos 8 anos, ela já tinha cadernos de receitas e os livros Ofélia. Na TV, ela acompanhava a Ana Maria Braga
Durante a adolescência, porém, essa paixão acabou se perdendo. Voltou a se interessar pelo tema na faculdade de jornalismo. A habilidade para cozinha foi tomando cara de profissão mais tarde, quando a goiana se mudou para o Chile com o marido, em 2016.
Aline ficou grávida no país andino e iniciou um projeto temático chamado "Aniversário com comida de verdade". "Vendia menus completos em uma caixa gigante, tudo 100% natural e artesanal para festas infantis. Em um ano já tinha ido até em programas de televisão, como no matinal Mucho Gusto, que seria o equivalente a nossa Ana Maria Braga".
Oficinas de culinária para pais e filhos também faziam parte da mesma empreitada, que deu origem ao Instagram "Peques Comida Real". A ideia da página era mostrar para o público como alimentar as crianças pode ser mais fácil do que se imagina.
Com o retorno da família para o Brasil, o perfil mudou de nome para "Cozinha de Infância". O propósito, felizmente, segue o mesmo:
A ideia é mostrar que podemos ter autonomia quando conhecemos o que estamos oferecendo a nossos filhos. Isso só é possível com a comida de verdade, alimentos in natura, que podemos identificar".
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