Reino Unido barra viajantes do Brasil por variante do novo coronavírus
O Reino Unido decidiu hoje proibir a chegada de pessoas vindas do Brasil, Portugal e outros 14 países devido à descoberta no Brasil de uma nova cepa do coronavírus, que preocupa pelo seu possível impacto na resposta imunológica. A medida passa a valer a partir de amanhã.
"Tomei a decisão urgente (...) após a evidência de uma nova variante no Brasil", escreveu o secretário de transportes britânico, Grant Shapps, em sua conta oficial no Twitter.
Veja quais são os países afetados:
- Argentina
- Brasil
- Bolívia
- Cabo Verde
- Chile
- Colômbia
- Equador
- Guiana Francesa
- Guiana
- Panamá
- Paraguai
- Peru
- Portugal
- Suriname
- Uruguai
- Venezuela
Ele justificou a suspensão de viagens entre Portugal e Reino Unido "devido as suas fortes ligações com o Brasil". Os trabalhadores que transportam bens essenciais de Portugal ficarão isentos.
Ele explicou que a medida não se aplica a cidadãos britânicos e irlandeses, mas que os passageiros que retornarem desses locais devem se isolar por dez dias junto com suas famílias.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ontem que o governo estava buscando maneiras de impedir que a variante entre no Reino Unido.
"Acho que é justo dizer que ainda temos muitas dúvidas sobre essa variante", disse ele a um comitê parlamentar.
País mais castigado da Europa pela pandemia, com quase 85.000 mortes confirmadas por covid-19, o Reino Unido enfrenta uma onda incontrolável de contágios desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa no sul da Inglaterra, aparentemente muito mais contagiosa.
O Reino Unido já suspendeu as viagens diretas procedentes da África do Sul, pela descoberta de outra variante do vírus nesse país.
Em dezembro, o Brasil suspendeu os voos do Reino Unido devido ao surgimento da variante britânica do coronavírus.
A nova variante
Pesquisas em andamento na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia apontaram que a nova variante do novo coronavírus encontrada em pacientes japoneses tem origem no estado do Amazonas. As mutações achadas no vírus, até então inéditas, criaram o que será uma provável nova linhagem brasileira.
Segundo os cientistas, ainda é cedo para ter certeza, mas as mutações achadas podem significar que essa nova linhagem tem maior poder de transmissão, visto que duas importantes mutações foram descritas simultaneamente na proteína Spike — que faz a ligação do vírus às células e está é relacionada a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2 (como é conhecido o novo coronavírus).
Os dados apontam que a linhagem B.1.1.28, que está presente em todo o país e que é a mais frequente no Amazonas, sofreu uma série de mudanças.
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