Pet destruidor, desanimado e acima do peso? Brinquedos podem ser a solução
Você saiu de casa por algumas horas e nem percebeu que seu pet estava entediado, sem brinquedos nem estímulos. Resultado: uma bela cena de destruição!
Foi pensando nestas situações que o veterinário comportamentalista Dalton Ishikawa, fundador da Pet Games, criou as pet balls, um tipo de brinquedo misturado com comedouro para estimular os gastos de energia física e mental dos pets. São esferas com aberturas ajustáveis e a ideia é que aos poucos se vá dificultando a saída da ração.
"É uma quebra de paradigma estimular comportamentos naturais de caça pelo alimento.
Muita gente fica com dó, mas se você resgata essas necessidades comportamentais no seu pet pode trazer bem-estar físico, mental e emocional", diz.
Bichinho em forma
Outro objetivo das pet balls também é desenvolver nos animais de estimação a capacidade de comer lentamente, já que muitos estão gordinhos pela falta de atividade física e pelos hábitos inerentes à domesticação.
"Os índices de obesidade já estão acima de 50% nos pets urbanos", diz Ishikawa.
Se a ideia é um cãozinho fit, há outras opções de comedouros lentos no mercado que estimulam, além do gasto de energia, o desenvolvimento cognitivo do seu fiel companheiro.
"Hoje em dia, mais de 50% dos cães domesticados vivem em ambientes 'indoor', ou seja, dentro de casa. Quando os tutores saem muito, trabalham fora, alguns cães desenvolvem ansiedade e esse acessório ajuda muito na qualidade de vida dos cachorros", afirma o veterinário da Cobasi, Bruno Sattelmayer, um dos responsáveis pelo treinamento do setor de acessórios para pet.
De acordo com o especialista, eles se sentem desafiados e motivados, aumentando seu desenvolvimento cognitivo — aquele relacionado ao aprendizado.
Também para gatinhos
Para os gatos, caçadores natos, a brincadeira pode ficar muito boa e desafiadora também se os brinquedos forem colocados em locais altos, dentro de nichos e em esconderijos divertidos.
Fará o gato se esforçar, gastar energia, se desafiar, gerando uma sensação de auto recompensa. Porém, cuidado ao escolher os níveis de dificuldade, pois caso haja insucesso, o animal pode se frustrar e perder o interesse", alerta Sattelmayer.
Formatos que simulam uma caça são os preferidos dos felinos. Os brinquedos em movimento, combinados com adereços como plumas e penas também imitam uma presa e deixam os gatos cada vez mais interessados.
"Os gatos são caçadores solitários, noturnos, e o comportamento de caça deles é mais forte que o dos cães", diz Ishikawa.
Como escolher o brinquedo mais indicado
O primeiro passo é escolher o tamanho correto, em que deve ser considerado o porte de cada pet e o alcance da mordida, pois além de brincar com as patas, ele deve conseguir interagir com o focinho e língua para sentir a textura do acessório.
O peso deve ser adequado, para que o animal tenha sempre controle do brinquedo. De acordo com o fabricante e idealizador das pet balls, elas foram desenvolvidas para que os pets não conseguissem abocanhá-las, já que não se trata de uma bolinha convencional.
A cor é muito mais voltada ao tutor, pois eles não conseguem enxergar as mesmas cores que os humanos.
Você também pode "fabricar" o brinquedo do seu fiel companheiro utilizando uma garrafinha pet. Basta fazer pequenas aberturas com estilete e recheá-la com petiscos. Quando o pet movimentar a garrafa, poderá garantir sua recompensa.
Para começar a brincadeira
A dúvida de muitos tutores é como ensinar os pets a brincar e interagir com as bolinhas/comedouros.
O melhor jeito é começar de maneira gradativa, utilizando os níveis mais fáceis do acessório deixando mais espaço possível para se ter acesso ao petisco e ir dificultando aos poucos. Uma dica do veterinário da Cobasi é mostrar para o cão ou gato que se trata de algo bom, mesmo que seja novo.
Outra dica valiosa é deixar a bolinha com o cheiro do tutor, deixando pet mais confortável e confiante para o desafio.
Escolher um alimento que o pet goste ajuda muito no processo, e começar com uma maior quantidade no início, para facilitar o acerto. Para ajudar, deve-se sempre elogiar o pet, recompensando-o com carinho, festa, e quem sabe até um passeio", indica Sattelmayer.
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