Rafael Infante fala sobre reinvenção do Porta dos Fundos e viral Plantananã
Big Brother Brasil, criatividade na pandemia, Porta dos Fundos e a composição de músicas foram alguns dos assuntos que permearam a conversa entre Rafael Infante e o apresentador Zeca Camargo no programa Brasil com Zeca, na Casa UOL de Verão.
O primeiro assunto abordado no bate-papo foi o convite para que o comediante participasse da 21ª edição do BBB, que segundo ele foi feito com muito carinho, mas recusado: "Acho que não encararia esse tipo de confinamento", brincou.
O reality voltou a ser assunto na Curva da Expectativas Flutuantes posteriormente, quando ambos comentaram a participação dos artistas Projota e Karol Conká, que vem gerando polêmica nas redes sociais.
"Imagina o destino da Karol quando sair da casa?", questionou Zeca, que foi complementado pelo convidado: "A sensação que dá é que ela está com uma narrativa equivocada. Pode ser forte a saída dela [da casa]".
Porta dos Fundos
De volta ao Porta dos Fundos desde o ano passado, Rafael relembrou o sucesso feito pelo seu personagem, Carlinhos Avelar, e o Plantananã, sucesso do Porta dos Fundos em 2020.
O Plantananã é uma espécie de plantão jornalístico apresentado por Carlinhos. O personagem interpretado por Infante exprime como as falhas de comunicação na era digital e da fake news chegam, de fato, em cada um de nós. "É um emaranhado".
Com a fala eufórica, os gestos frenéticos e a dificuldade de estabelecer uma linha de raciocínio clara, Carlinhos nasce da observação de como o brasileiro conversa.
"A gente tem uma linguagem própria, mas a gente se entende. O Plantananã teve um resultado maravilhoso".
"O Carlinhos nasce da observação de como a gente conversa, uma coisa bem brasileira! Paramos no meio do discurso, mas a gente se entende", refletiu. "Anos atrás o Gregório [Duvivier] trouxe a ideia de fazer isso em um vídeo. Teve um retorno do publico super legal. No teatro as pessoas pediam também".
Foi muito legal e em um momento muito interessante: cheio de fake news, acontecimentos políticos. Foi como esse casamento aconteceu".
O ator contou que o vídeo em questão, com 10 minutos de duração, foi o único com uma produção maior, envolvendo câmeras, roteiro e "terno chique".
"Normalmente, é tudo pelo celular, pegamos o texto e os assuntos principais", conta ele, dizendo que a equipe elabora, na maioria das vezes, mais de um roteiro. "Não tem como decorar tudo, algumas coisas surgem de improviso".
Ao concluir o assunto, Rafael diz enxergar Carlinhos como uma representação do momento em que estamos vivendo e não um deboche da comunidade LGBTQ+.
"O Carlinhos não é um ataque a ninguém, é um emissor que retrata nós mesmos", acrescentou. "Estamos fragmentados. A gente fica rolando tela do celular e não entende tudo".
VEJA O PROGRAMA COMPLETO
Criatividade na pandemia
Como muitos de nós, Rafael disse ter passado por diversas fases na pandemia do coronavírus, período em que ficou isolado e os trabalhos presenciais foram pausados.
"Primeiro passei por um abismo de sensações, desde criatividade à angústica", disse "Nós ainda não estamos livre, mas tivemos que tocar a vida. Se tiver algo positivo para olhar, é que nesse momento de caos é possível brotar flores".
Me senti mais autoral nesse tempo. Mais dono da minha criatividade e das minhas ideias. Foi uma transformação maneira nesse sentido".
A composição de músicas foi outra válvula de escape encontrada por Infante. Ainda esse ano, o ator pretende lançar músicas escritas por ele e cantadas por artistas famosos.
"Sempre gostei de compor música. Quando comecei a mostrar para as pessoas, e elas gostaram, tive a ideia de chamar grandes artistas para cantar o que eu escrevo", comentou. "Meu humor tem ritmo musical com ele".
Dedo de Prosa
Estéfi Machado é designer gráfica por formação. Há 13 anos, tornou-se mãe de Theo e passou a criar brincadeiras e a compartilhar as descobertas artísticas com o filho nas redes sociais.
Ela inventava as suas próprias brincadeiras quando criança e cresceu em escola waldorf, que estimula o fazer manual. Na maternidade, incentivava o filho a brincar com fitas e papéis. "Eu fui trazendo ele para o meu mundo de design. Era uma forma de distraí-lo".
Eu falo que o Theo que me pariu".
Além de fofas, as criações geralmente são feitas a partir de materiais recicláveis. "A criança também liga essas antenas da responsabilidade e começa a perceber que os nossos atos têm consequências".
Para os pais que a procuram pedindo ajuda sobre como brincar com os filhos, ela diz que o primeiro passo é se livrar da obrigação e interagir por vontade.
"A criança pode ter brincadeiras sem sentido, mas vai na dela que você vai se dar bem".
Estéfi dá dicas de brincadeiras e criatividade no seu Instagram, blog, n'O Livro Da Estéfi, publicado pela Cia das Letrinha, e aqui no UOL — veja cinco brinquedos fáceis de fazer com "lixo".
Brasil Cozinha Comigo
O Brasil com Zeca dessa semana fez uma ponte com a Índia ao receber o Varunesh Tuli, que chegou ao Brasil há 28 anos para tocar negócios da indústria farmacêutica.
Até hoje, Tuli não esconde a paixão pelo seu país de origem. Prova disso é o livro "Índia - Sabores e Sensações", feito em coautoria com Zeca, amigo de longa data.
Uma das receitas presentes no livro foi colocada em prática pela dupla durante o programa: a berinjela recheada e frita.
O prato começa com uma pasta de temperos que é cozida e colocada dentro do vegetal. Um barbante amarrado na berinjela evita que o recheio se solte quando ela é frita em óleo.
Zeca explica que muita gente acha que a comida indiana é muito apimenta, enquanto, na verdade, ela é perfumada. Tuli concorda e acrescenta: "Os brasileiros podem rechear com ricota, carne moída e outros temperos. Dá para testar e experimentar".
Curva das expectativas flutuantes
Nesta sexta, o quadro de Zeca Camargo que analisar a cultura pop começou com a promessa o documentário sobre o Pelé produzido pela Netflix.
De acordo com Zeca, "estão falando" de The Weekd, que vai estar no Super Bowl deste domingo (7). "Os clipes dele são geniais e parece que ele imaginou um show tão maluco que teve que colocar dinheiro dele para fazer", diz o apresentador. "
As pessoas "estão gostando" de "Dix pour cent", série francesa que mostra o dia a dia de uma agência de talentos. A cada episódio, aparece um ator convidado interpretando ele mesmo".
É claro que no topo da lista está o BBB, que com pouco mais de uma semana de programa está dando o que falar. Para Zeca, Projota está se destacando. "Fez a escola Manu Gavassi de deixar um vídeo para cada dia nas redes sociais".
Na categoria "já encheu" figuram as pessoas que escrevem sobre BBB como se fossem "William Shakespeare". Em sincronia com a internet, quem "já encheu" Zeca foi Karol Conka. Infante concorda: "A sensação eu dá é que ela está com uma narrativa na cabeça dela completamente equivocada".
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