Hit na pandemia, sandália Birkenstock ganha versão polêmica de R$ 400 mil
Nunca se viu tantas sandálias Arizona, da marca alemã Birkenstock, nos pés das pessoas como na pandemia do coronavírus. O calçado se tornou um dos produtos mais desejados pelos quarenteners, mas agora encara seu sucesso de forma duvidosa: o lançamento de um sapato criado pelo coletivo MSCHF.
"A sandália mais exclusiva de todos os tempos", a Birkinstock, como foi nomeada a partir de um trocadilho pelos criadores, é um calçado Birkenstock com uma sola oficial de cortiça e borracha. Seu diferencial é o cabedal de couro feito de bolsas Hermès Birkin, propositadamente cortadas para o produto.
Feitos sob encomenda e disponíveis enquanto durarem os estoques, o MSCHF comprou apenas quatro bolsas Birkin para destruir e três pares de sapatos já foram vendidos: para o rapper Future, a cantora Kehlani e um colecionador de arte não identificado. O coletivo também pretende manter um par para si.
Quatro versões estão sendo disponibilizadas: uma vermelha feita com uma bolsa Hermès Porosus 35; uma preta fruto de uma Clemence 35; uma branca, tirada de uma bolsa Porosus 35 e, por fim, outra opção preta de uma bolsa Birkin 35 de couro de avestruz.
A mistura dos sapatos hit da pandemia e as bolsas da Hermès, criadas em 1984, serão vendidas pelos valores de US$ 34 mil a US$ 76 mil, respectivamente R$ 183 mil e R$ 400 mil.
"As bolsas Birkin são como um meme cultural, um símbolo de um certo tipo de riqueza", disse o diretor criativo da MSCHF Lukas Bentel ao New York Times.
Apesar de fazer referência aos produtos da Hermès e Birkenstock, ambas as marcas não aprovaram o produto ou tiveram qualquer envolvimento no desenvolvimento dos calçados.
Vale lembrar que o lançamento anterior do MSCHF, o "sapato Jesus", um tênis Nike com sola cheia de água benta, esgotou em questões de minutos. Atualmente, o coletivo norte-americano acumula milhares seguidores fanáticos em suas redes sociais, incluindo celebridades, como o cantor Drake.
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