Churrasco de espetinhos une sabor e praticidade; veja dicas e receitas
Os espetinhos dão às caras ao redor do mundo. No Japão, tem yakitori. Na Índia, há o tandoori. Em países do Oriente Médio, come-se diferentes tipos: michuí, kafta e doner kebab.
Mesmo dentro do Brasil, a variedade é grande. Nos pampas, assam costela e cordeiro no espeto de chão. Tem também o xixo, que mistura carnes e legumes. Na maioria das churrascarias dedicadas ao rodízio de Sul a Norte, garçons cruzam o salão com espetos de carne para servir lascas nos pratos dos visitantes.
"Muitas churrascarias famosas usam picanha no espeto, mas é preciso de técnica e churrasqueiras grandes e giratórias", diz José Almiro, do canal especializado Churrasqueadas.
Os espetinhos menores e mais simples, feitos com palitos de madeira ou bambu, são mais fáceis de reproduzir em casa, numa churrasqueira tradicional.
Considerado em algumas regiões uma comidinha de rua, eles cumprem uma função e tanto: churrasquear de maneira prática, rápida, gostosa e barata.
Por isso, é uma alternativa segura para os entusiastas de primeira viagem.
Espetinhos pequenos, com uma média de 120 gramas de carne cada um, ficam prontinhos para servir em 10 minutos".
Como não queimar o palito?
José explica que o segredo é umedecer antes de levar à grelha. "Deixe os palitos imersos em água por 20 minutos. Assim, eles resistem à brasa".
O segredo da linguiça
Colocar a linguiça em espetos nem sempre é uma boa ideia. Ao romper a tripa, há espaço para a gordura escorrer e pingar na brasa, gerando mais fumaça e deixando a carne seca.
"Quando fura a linguiça com o espeto, a tendência é perder o suco. Mas se você esquentar o espeto antes, os poros se retraem e fecham novamente".
Variedade e como fazer
Como disse José Almiro, a passagem dos espetinhos pela grelha é coisa rápida. Basta virá-los dos dois ou quatro lados (a depender do formato), conforme as carnes selam e ganham cor.
O momento mais trabalhoso acontece antes disso. As carnes precisam ser cortadas em cubinhos, no caso de peças grandes, e montadas no palito.
As carnes de boi mais usadas são coxão mole, paleta e miolo de acém. "Qualquer corte dá para fazer espetinho. Até picanha e costela".
Nesse último caso, o processo é mais demorado porque as fibras e o colágeno precisam de mais tempo para amaciarem. "Corte a costela não em cubos, mas em fitas de mais ou menos 10 centímetros de comprimento e coloque no espeto. Asse lentamente num braseiro mais fraco".
Como num churrasco de bifes, só sal é suficiente para realçar o sabor natural da carne bovina.
Já para as carnes de porco e frango é recomendado fazer marinadas de pelo menos uma hora com temperos como sal, pimenta-do-reino, limão, azeite e shoyu.
Pernil e filé-mignon suíno são boas opções para virarem cubinhos. No caso do frango, o coraçãozinho, coxinha e a asinha são colocados inteiros.
Independentemente do formato - cubinhos, fitas, rodelas (no caso de vegetais) ou sem corte —, a ideia é que o palito cruze o centro de cada peça. Isso também vale para as carnes com osso: o espeto deve ficar o mais rente possível do osso para que nada seja desperdiçado ao cair na brasa ou dificulte o preparo por virar em falso no próprio espeto.
Três receitas para sair do comum
Aprenda com José Almiro como fazer espetinhos temperados que vão além do básico. O coração de frango tem um gostinho a mais pela marinada com gengibre e erva-doce.
Pimentões vermelhos e amarelos mais cebola e cogumelos são colocados entre cubos de contrafilé. O molho teriyaki preparado do zero é um diferencial a mais.
A surpresa nesse espetinho de carne moída está escondida. Só mordendo para descobrir que a pedida ostenta uma deliciosa tira de queijo de coalho de recheio.
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