Nepal quer proibir mulheres de viajarem sozinhas para o exterior
A nova proposta de lei no Nepal que pretende proibir mulheres de viajarem sozinhas ao exterior sozinhas e "sem a permissão da família" está provocando uma série de protestos no país.
Essa nova implementação pretende fazer com que viajantes do sexo feminino, com até 40 anos, precisem de uma aprovação familiar e do governo para viagens para o Orienta Médio e a África. O intuito, segundo o governo local, é protegê-las do tráfico humano.
Estima-se que cerca de 35 mil mulheres nepalesas foram vítimas do crime entre 2018 e 2019.
Os protestos contra a nova proposta de lei, que foi submetida ao Departamento de Imigração há uma semana para aprovação, contra-argumentam a proibição, partindo do argumento de que o impedimento é um "atentado contra a igualdade".
No Twitter uma das manifestantes se posicionou dizendo que "nos últimos dois anos e meio, cerca de sete mil mulheres foram vítimas de estupro no Nepal, mas o governo tratam as viagens ao exterior como um problema".
Essa não é a primeira vez que as mulheres no país enfrentam problemas com viagens ao exterior. Em 2017, o governo nepalês proibiu os cidadãos de assumirem trabalhos domésticos nos Estados do Golfo para "protegê-los do tráfico humano e da escravidão moderna".
Atraindo milhares de turistas anualmente, o Nepal é conhecido como o polo para alpinistas de todo o mundo que vão até lá para escalar o Monte Everest.
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