Como adaptar o ambiente para deixar seu gatinho mais ativo e feliz
Eles ronronan para dizer que te amam, se entrelaçam em suas pernas para marcar território, mostram a barriga para dizer que confiam em você e dormem na sua cama para ficar mais tempo ao seu lado.
Para retribuir tanto amor, nada melhor do que levar bem-estar, além de muitas alegrias, aos mini-reis da selva que habitam em nossas casas.
Uma boa pedida é o tal enriquecimento ambiental, conceito da moda que quer dizer, basicamente, adaptar a residência para que os gatinhos não se distanciem tanto da natureza no que diz respeito a hábitos físicos e comportamentais.
"Diversas características importantes e fundamentais para o bem-estar dos gatos são essenciais para a adaptação deles em nossos lares. Podemos citar locais para se abrigarem (como tocas e nichos), locais elevados para ocuparem, arranhadores ideais e caixas de areia adequadas para eliminação", afirma a psicobióloga Juliana Damasceno, especialista em comportamento felino do grupo Petz/Seres.
Trazer parte do ambiente que o gatinho encontraria na natureza para dentro de casa é o "pulo do gato" do enriquecimento ambiental.
Para pular e brincar
"O gato é um animal semi-arborícola, então ele gosta de subir em árvore, muro e telhado, por exemplo.
Como em casa ele não pode fazer isso, a gente pode trazer uma série de prateleiras para ele subir, liberar alguns dos nossos móveis para ele demonstrar seu comportamento natural", diz a consultora em comportamento felino, Naila Fukimoto.
Outra dica para trazer a mais plena felicidade aos gatinhos em casa é estimular comportamentos de caça através de brinquedos e brincadeiras de emboscar, perseguir, tirar da toca, atacar e morder, como varinhas com penas e ratos nas pontas, fitas, corinos, plumas e bichinhos de pelúcia recheados com catnip. De acordo Juliana, o segredo é a renovação porque gatos se habituam muito rápido aos estímulos. Então, é essencial o rodízio constante dessas atividades.
O ideal para a periodicidade das brincadeiras, de acordo com a recomendação da veterinária Juliana Toledo, da SPet junto a Cobasi São Caetano, é que aconteçam de duas a três vezes em torno de 15 a 25 minutos.
"Com brincadeiras de varinha, fitas, penas, bolinhas, ratinhos de feltro, bolinhas de papel, ou aquilo que mais atrair a atenção do gatinho, e em seguida oferecer um alimento ou petisco diferente.
Para o gato é como uma recompensa após o ato de "predar a presa" (brinquedo). Um carinho diário e uma coçadinha no pescoço, caso o gato tolere, também é essencial no dia a dia", diz.
Nada de forçar convivência
Em casos de residências que têm mais de um gato é preciso que se tomem alguns cuidados como, por exemplo, a garantia de rotas de fuga.
"Precisamos ficar atentos para que esse animal consiga, por exemplo, subir em uma verticalização e que ele tenha diferentes rotas de saída.
Isso porque se ele sobe em um nicho lá em cima com uma entrada só e o outro gato sobe também, pode começar a existir um conflito por existir apenas uma saída", explica Naila.
De acordo com a veterinária da Cobasi, os felinos são animais sociáveis, porém "nem todos os gatos irão tolerar outros gatinhos e se o local não tiver espaço adequado, tudo pode se tornar um estresse e a qualidade de vida piorar".
A sugestão é que, caso queira mais de um gatinho, o tutor adote dois da mesma idade para crescerem juntos e se adaptarem, o que pode ser algo muito positivo na vida deles.
"Caso o gatinho da casa já seja um pouco mais velho, não recomendo que adquira um novo filhote, pois isso poderá estressar demais um gato que já se adaptou e é muito feliz sozinho", afirma.
Pesquisas já mostraram que nossos felinos têm emoções e personalidades diferentes e que precisamos pensar nesses animais como uma espécie cheia de particularidades para oferecer uma boa vida a eles. A troca é mútua e ganharemos amor e muitos ronrons que, certamente, valem mais que mil palavras.
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