Tráfego aéreo cai 72% em janeiro com restrições da pandemia pelo mundo
Um anúncio feito pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air Transport Association) mostra que o tráfego de passageiros em janeiro deste ano foi menor, tanto em relação a dezembro de 2020, quanto em comparação a janeiro de 2019, antes da pandemia mundial.
"2021 começou ainda pior do que o fim de 2020, e isso quer dizer muito. Mesmo com os programas de vacinação ganhando força, as novas variantes da covid estão forçando os governos a aumentar as restrições às viagens", disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
Segundo ele, viagens futuras também são afetadas pela incerteza sobre a duração dessas restrições. "As reservas em fevereiro de 2021 para a temporada de verão no hemisfério norte ficaram 78% abaixo dos níveis de fevereiro de 2019".
De acordo com o que a IATA apresentou em nota, a demanda total em janeiro de 2021 caiu 72% em comparação a janeiro de 2019 — trata-se de uma queda pior do que a de 69,7%, registrada em dezembro de 2020.
Nos dados sobre o tráfego dentro dos países, a diminuição foi de 47,4% em relação aos níveis pré-crise (janeiro de 2019). Em dezembro, o número foi parecido: 42,9% em relação ao ano anterior.
Uma das interpretações possíveis é de que o resultado foi impactado por controles rígidos de viagens nacionais na China no feriado do Ano Novo Lunar.
A região da Ásia foi a que mais viu o tráfego total diminuir: 94,6%. Na sequência, aparece a Europa, onde as companhias aéreas registraram um número 83,2% menor.
No Oriente Médio, o número ficou em 82,3% e, na América do Norte, em 79%. A taxa é parecida com a da América Latina, com 78,5%. O tráfego de passageiros que registrou a menor proporção foi a África (66,1%).
"Dizer que 2021 não começou bem é um eufemismo. [...]O aumento de capacidade de teste e distribuição de vacinas é fundamental para que os governos destravem a atividade econômica, incluindo as viagens. É fundamental que os governos desenvolvam e compartilhem seus planos de retomada com as referências que os guiarão. Isso permitirá que o setor se prepare para colaborar com a recuperação sem atrasos desnecessários", disse de Juniac.
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