Como deixar o ambiente mais estimulante para seu cãozinho gastar energia
Brincar, latir, nadar, correr, pular, cavar, farejar, caçar ou expressar livremente qualquer outro comportamento natural da espécie garante o bem-estar de cães e em dobro a felicidade dos tutores.
Em ambientes indoor, pode-se ofertar diariamente objetos que promovam uma modificação ambiental trazendo alguns desses comportamentos à tona.
Deixar brinquedos espalhados pela casa, ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre é enriquecimento ambiental, pois não estimula nem recompensa o animal.
"Você pode criar um ambiente descontraído colocando, por exemplo, dispensers para petiscos escondidos com alguma guloseima em cantos estratégicos da casa. Outra opção é 'dificultar' o acesso a esses dispensers, colocando-os ainda mais escondidos", indica Lysandra Barbieri, veterinária da Cobasi e responsável pelo treinamento do setor de acessórios.
Recomendação compartilhada por Camilla Gonçalves Gonzalez, veterinária da rede Pet Care, que dá sugestões ainda mais em conta:
Pode-se usar materiais recicláveis, como por exemplo caixinhas de papelão, ou até o rolinho de papelão do papel higiênico colocando alimento dentro e fechando as pontas para o cão ser desafiado a conseguir o alimento."
No que diz respeito à parte cognitiva, Camilla recomenda o estímulo do aprendizado e da memória. De acordo com ela, treinos de comandos básicos de obediência como "senta", "deita" e "fica" e jogos que estimulem a mente dos cães são importantes.
Para quem fornece brinquedos de roer e acha que já é o suficiente, acredite que os cãezinhos podem enjoar da mesma brincadeira sempre. Por isso, a veterinária indica que se faça um rodízio diário destes itens para que o animal não expresse seu comportamento, por exemplo, ao roer o controle remoto.
Usar tapetinhos de fuxico para oferecer o alimento seco; se tiver jardim em casa, oferecer a refeição na grama; esconder brinquedos em terra ou areia e, em dias de calor, realizar atividades em local molhado com água, fazem parte do enriquecimento sensorial. "Significa oferecer texturas diferentes para o cão pisar, tocar, caminhar e se alimentar", aponta Camilla.
Segurança e preferência
A veterinária salienta que todas as atividades devem ser supervisionadas, principalmente para os cães que podem ingerir objetos.
Quanto aos brinquedos mais adequados para os cãezinhos, Lysandra explica que é importante evitar os específicos para crianças. "Prefira brinquedos próprios para a espécie, como os de corda, ossinhos, mordedores, bolinhas. Brinquedos infantis contêm peças pequenas, como os olhos das pelúcias, que podem causar acidentes", disse.
Ainda de acordo com ela, alguns cães não gostam de brinquedos que emitem sons, outros preferem brinquedos mais macios, e assim é possível selecionar o melhor para cada tipo de cãozinho.
Deixar a TV ligada em canais próprios para entretenimento canino por um tempo também irá ajudar, segundo Lysandra.
Cão precisa "ver rua"
Assim como nós às vezes nos sentimos presos dentro de casa, nossos cães precisam de um momento de lazer para correr, brincar e passear.
De acordo com Lysandra, os animais podem sim sofrer por ficarem presos por muito tempo e alguns podem até desenvolver depressão.
"Por isso, é importante criar uma rotina de passeios, se possível nos mesmos horários e mais de uma vez ao dia para que o cão possa gastar energia e até mesmo interagir com outros cães.
Nada substitui os passeios e a interação com você e com outros cães", afirma.
Destruição pode ser tédio
Sem atividade e ociosos em casa, os animais entendem que precisam fazer algo, o que muitas vezes não é o desejado pelos tutores, principalmente porque atinge a saúde e bem-estar dos bichinhos.
Destruir objetos da casa, comer e brincar com as próprias fezes, morder (os outros ou a si mesmo) e se isolar podem se tornar meios de distração no ponto de vista deles.
Animais que passam o dia inteiro sem exercícios podem tornar-se agressivos, se automutilar, além de sofrerem com a obesidade, surgimento de calos pelo tempo que ficam parados, problemas articulares, e até mesmo problemas de circulação sanguínea", explica Lysandra.
Ainda de acordo com a veterinária, os pets também podem sofrer com depressão, dificuldades de sono, ansiedade e estresse, onde em casos mais graves, podem até precisar de medicações. "Mas lembre-se que os motivos citados não são específicos de ociosidade, portanto, o tutor deve consultar seu médico veterinário para chegar a esta conclusão."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.