Conheça as ilhas pintadas de roxo que atraem turistas para a Coreia do Sul
Em duas pequenas regiões sul-coreanas, a vida não é rosa, como diz a famosa canção La Vie en Rose, mas roxa.
Chamadas de Banwol e Bakji, as duas ilhas começaram a chamar a atenção de turistas desde 2015, quando o governo decidiu pintar pontes, telhados e cabines telefônicas com tons de lilás.
Para acompanhar o projeto, os habitantes das ilhas plantaram flores roxas, como lavanda e aster, e costumam dar preferência para sair às ruas com roupas roxas.
Localizadas no condado de Shinan, que conta com 1.000 ilhotas, Banwol e Bakji ficam a cerca de seis horas de carro de Seul, capital do país asiático. Em determinado momento do trajeto, no entanto, é preciso estacionar o veículo num estacionamento e atravessar a ponte roxa a pé ou de bike.
Outra particularidade é a exigência do pagamento de uma taxa para caminhar pelo espaço. A boa notícia é que se você optar por usar um look lilás, o valor é reduzido a zero — e aqui está mais um motivo para entrar na brincadeira.
Com economia baseada na agricultura, o lugar não apresenta grandes atividades turísticas, mas é possível visitar alguns pequenos restaurantes, lojas de conveniência, sorveterias e cafés.
Também não espere grandes multidões: ambos os povoados somam cerca de 150 pessoas, majoritariamente idosos. Shin Deok-im, morador de 70 anos, disse à Reuters:
Idosos como nós têm uma vida isolada aqui, já que todos os jovens deixaram a cidade".
Salva-vidas para a pandemia
O governo coreano lançou a campanha das ilhas roxas em 2015 como parte de uma iniciativa para "criar destinos insulares atraentes". Inspirados nos campanários roxos que crescem nas ilhas, 400 telhados foram pintados de roxo. Desde então, o condado investiu mais de 4,25 milhões de dólares.
A proposta tem, de forma previsível e lucrativa, provado ser alimento para o Instagram. Também acabou sendo uma espécie de salva-vidas durante a pandemia.
Desde 2018, mais de 490.000 pessoas visitaram as ilhas, de acordo com a CNN Travel. Entre junho e agosto de 2020, o número foi de visitantes foi de 100.000, 20% a mais que em a 2019.
Como a quarentena de 14 dias é obrigatória ao entrar na Coreia do Sul, o destino tornou-se opção de turismo doméstico.
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