Ralph & Russo abre pedido de falência; grife vestiu Meghan Markle e Jolie
A grife inglesa Ralph & Russo entrou ontem (17) com um pedido de falência na Justiça, dando entrada a um pedido de proteção judicial contra credores em um tribunal de Londres. As lojas continuarão operando normalmente apesar da medida protetiva.
Fundada em 2006 pela dupla Tamara Ralph e Michael Russo, a marca de roupas femininas, que já vestiu celebridades como Beyoncé, Angelina Jolie e Meghan Markle, nomeou Begbies Traynor e Quantuma como administradores para "seguir as novas direções de planejamento".
Os administradores irão "agora investigar todas as opções possíveis para garantir o futuro desta marca mundialmente celebrada para o benefício de todas as partes interessadas", disse a empresa em comunicado enviado à imprensa.
No comunicado, Ralph complementa que a decisão de nomear administradores "ajudará a refinanciar o negócio e nos permitirá fazer o que mais amamos — criar roupas para nossas mulheres em todo o mundo".
A gama de produtos do grupo inclui suéteres de caxemira de R$ 9 mil, bolsas clutch de pele de crocodilo de R$ 17 mil e vestidos bordados, custando mais de R$ 150 mil.
Histórico da grife
A Ralph & Russo foi a primeira grife britânica a ser designada como alta-costura em quase um século pela Chambre Syndicale de la Haute Couture, órgão regulador da moda francesa.
Em 2017, Meghan Markle anunciou seu noivado com o Príncipe Harry enquanto usava um vestido Ralph & Russo.
O grupo emprega mais de 300 funcionários em lojas de Londres a Paris, Dubai e Xangai. Desde o lançamento de seu primeiro showroom em Londres em 2013, ganhou o apoio de vários investidores de alto perfil, incluindo John Caudwell, o fundador da Phones4U. Em 2019, Lars Windhorst, o financista alemão dono da fabricante italiana de lingerie La Perla, adquiriu uma participação minoritária por meio de sua empresa de investimentos Tennor Holding.
A indústria de luxo sofreu com as restrições globais a viagens que interromperam o fluxo de turistas chineses para Londres, Paris e Milão.
Enquanto grandes grupos de luxo como Kering, LVMH e Hermès conseguiram resistir à turbulência graças a uma clientela local maior, as marcas de butique menores lidaram com maiores obstáculos para superar a crise financeira.
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