Coleção de lenços reúne memórias afetivas e aventuras em viagens
Carolina Steiner
Comecei a usar lenços depois de adulta, por influência da minha mãe, que sempre usava os acessórios. Nunca tive a pretensão de colecioná-los, apenas foi acontecendo. Meus primeiros lenços não poderiam ter vindo de outro lugar senão o armário da minha mãe.
Além da minha mãe, herdei alguns da minha tia-avó paterna, da minha avó materna e da minha madrinha. Minha avó paterna não usava lenços, mas para compensar herdei algumas roupas dela. Também comprei alguns em viagens, gosto de aumentar minha coleção com recordações dos lugares onde estive.
Tenho lenços que ganhei dos meus pais em viagens marcantes que fizemos juntos, como Peru e Grécia, lenços que ganhei do meu irmão de viagens que ele fez, como Índia e Marrocos, além de outro que ganhei de uma amiga alemã. Os tecidos são os mais diversos: seda, algodão, poliéster, viscose, pashmina, chiffon, entre outros.
Acho que o uso de lenço dá um toque elegante no visual e deixa até as roupas mais simples com um ar sofisticado. Uso todos, até os herdados. Não tenho pena de usar com medo que estrague, acho que esse é o propósito dos bens materiais. Todos esses itens podem sair das nossas vidas de uma hora para a outra, em qualquer circunstância, então, por que não aproveitar ao máximo enquanto estão em nossas mãos?
Toda vez que os uso, lembro com carinho das pessoas que os deram para mim e imagino as histórias que as antigas donas e seus acessórios já viveram. Também lembro das minhas inesquecíveis viagens e aventuras, das quais meus lenços foram testemunhas.
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