"Cocão" é sobremesa com jeitinho de avó que lembra o chocolate famoso
Uma sobremesa simples que combina creme de coco e chocolate numa travessa. É esse o chamado cocão, o doce perfeito para almoços em família.
A confeiteira Liliane Leopoldino, que cedeu a receita de sua avó materna, Elisa Guimarães, a Nossa, explica que o doce fica mais gostoso geladinho. Então, esqueça a guloseima de um dia para o outro no refrigerador antes de garantir a sua colherada.
Comi o cocão a vida toda. Minha avó fazia no Natal, no Ano Novo e todas as outras vezes que a família se reunia para almoçar. Não tem segredo. É muito simples".
Confira o passo a passo completo clicando na imagem abaixo:
Adaptações são bem-vindas
Quando preparava o doce para os filhos e netos, Elisa polvilhava granulado no momento de servir. Liliane explica que há outras opções de confeito que podem se adequar melhor ao gosto do cozinheiro ou dos convidados.
Coco ralado e chocolate em pó são exemplos que cumprem bem a função. Além disso, quem quiser evitar o excesso açúcar pode dar preferência para usar cacau (duas colheres de sopa) ou chocolate em pó (quatro colheres de sopa) em vez de achocolatado na segunda camada.
Quer saber como dar um toque pomposo na apresentação? Troque a travessa por seis copinhos ou taças e monte a sobremesa em porções individuais.
A busca pelo creme perfeito
Elisa faleceu em 2014. Desde então, uma das formas de matar a saudade da avó é preparar o cocão. Durante um tempo, porém, Liliane não conseguia achar a receita original.
"Ninguém se lembrava das proporções. Tentávamos fazer mesmo assim justamente por ser simples, mas não ficava igual".
Numa conversa com uma prima, a irmã da confeiteira encontrou um antigo caderno de receitas da avó e desvendou o mistério: a presença das gemas.
"Eu fazia sem e a cremosidade não era a mesma". Ainda bem que Elisa anotou tudo tim-tim por tim-tim e agora os leitores de Nossa podem provar a sobremesa afetiva que, pela combinação de coco e chocolate, lembra o docinho Prestígio.
Formiguinha de infância
A habilidade de Liliane para a cozinha não demorou a aparecer. Com 13 anos, começou a vender escondido trufas, bombons e pirulitos caseiros na escola que frequentava em Uberlândia, sua cidade natal.
Tive muito problema com isso. Às vezes parava na diretoria por comercializar os doces".
Conforme foi ficando mais velha, os clientes foram de colegas a empresas. Naturalmente, a confeitaria se tornou uma atividade séria e paralela aos estudos.
Aos 18, tinha conhecimento o suficiente para compartilhar com outras mulheres da cidade em aulas especiais promovidas por uma marca de chocolate local.
"Comecei a dar aula porque estava na faculdade e queria ganhar um trocado. As mulheres eram bem mais velhas do que eu. No começo, sempre duvidavam de mim. Mas ao final das aulas concluíam que estava tudo certo".
Liliane se formou em Letras e em Administração. Construiu uma carreira longe da cozinha e, sempre que possível, preparava encomendas para festas ou datas especiais, como Páscoa.
Em 2015, ela se mudou para a Alemanha para acompanhar o marido. Aproveitou a ocasião para dar "um pulinho" na Suíça e fazer um curso de chocolateria.
No país europeu, ela voltou seus esforços para a produção e venda de cursos online, assim como a divulgação de receitinhas no seu perfil no Instagram, Do Fuê ao Fuá.
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