Criei uma blusa com dois vestidos de brechó e meus looks ficaram radiantes
Trabalho com moda há treze anos e, no Brasil, sempre trabalhei em marcas prêt-à-porter (boutique de moda) e tive contato com fornecedores de matéria prima, trabalhos manuais e amava essa conexão entre a mão de obra e o produto. Há 4 anos me mudei para a Holanda e comecei a estudar técnicas manuais e moda sustentável.
Minha ideia era trazer um novo conceito para o que já existia, transformar roupas de segunda mão e não apenas estilizá-las. Queria criar algo completamente novo a partir do que poderia acabar no lixo, porque acredito que já estamos maltratando demais o nosso planeta e não dá para ficar criando mais resíduo e lixo.
Essa blusa foi a primeira peça que criei usando esse conceito. Comprei dois vestidos em um brechó, pelos quais paguei menos de 10 euros (cerca de R$, e transformei eles nessa blusa. Eram dois vestidos iguais de cetim verde, que brinquei com o brilho e o fosco do lado avesso!
Desmontei os vestidos, fiz a modelagem e coloquei a mão na massa. Na manga, fiz um trabalho de bordado com dobras de tecido, em uma referência a origamis e alfaiataria clássica, que se complementam a referências vitorianas.
Todos os detalhes, recortes, acabamentos e volumes foram alinhados para desenhar e dar movimento ao corpo. Uma peça de alfaiataria atualizada e moderna, feita a partir de dois vestidos que sozinhos eram simples e comuns.
O que eu mais gosto nesse conceito é que roupas já prontas ganham novas personalidades a partir de novas criações. Essa blusa hoje virou minha roupa para momentos especiais, meu amuleto secreto. Amo a cor e o estilo, ela deixa qualquer look mais radiante. Sem falar que só eu tenho, né? Mas, principalmente, amo saber que ela é viva: uma hora, ela poderá ser transformada em algo novo, de novo.
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