"Baby doll do enxoval da minha mãe faz eu me sentir sexy sem ser vulgar"
Na época em que minha mãe se casou, era comum as famílias fazerem um enxoval para a noiva com peças de lingerie, "homewear", itens de cama, mesa e banho, entre outros. Pouco antes do casamento, ela estava passando férias em Florianópolis com os pais dela (meus avós), até que eles decidiram ir até a Palhoça, um município vizinho, a uma loja chamada "Beth Bordados". Acho que era famosa, porque ela se lembra do nome até hoje.
A ideia era comprar "uma ou duas camisolas, no máximo". Mas, chegando lá, a dúvida foi tanta que acabaram levando algumas. De fato são lindas: tecido bem molinho combinado com renda chantilly da mesma cor. Tem modelagem solta, com alcinhas finas de rolotê e babado na barra. Realmente delicada e de toque gostoso.
Elas passaram anos guardadas no guarda-roupa da minha mãe em um saquinho de tule fechado com fita. Lá em casa somos três mulheres e as roupas eram todas compartilhadas, mas essas peças eram do grupo de relíquias que ninguém ousava mexer. Até que um dia, eu já com meus 20 e poucos anos, minha mãe ofereceu as peças para gente pegar e usar as que quisesse, e eu escolhi duas. Uma delas é esse baby doll.
O que eu mais gosto nela é essa carinha de lingerie, super feminina, romântica. Um pouco sensual e muito charmosa. Adoro que a cor seja um pérola clarinho, é chique. Amo peças assim e costumo garimpar em brechós coisas parecidas para usar como roupa mesmo. Fico super confortável com esse tanto de pele ou nudez, desde que a peça seja solta e eu não me sinta exposta demais.
Sempre que quero um look charmoso, meio sexy sem ser vulgar, aposto nela com calça jeans ou preta, para contrapor a pele à mostra, ou jaqueta. Usei ela muitas vezes, a maioria delas à noite, para sair para dançar, ir a algum bar ou algum date. Tenho certeza da minha mãe ter usado em alguns "dates" com meu pai também (risos), o que não me incomoda em sentido de tabus.
Apesar de ela ter sido minha companheira em vários momentos bons, o que realmente me conecta afetivamente a ela é ter sido da minha mãe, e que simbolize uma ocasião tão especial e romântica. Não fosse ela, talvez eu nem estivesse aqui para contar essa história!
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