Quem aprecia a culinária japonesa, já conhece o sobá. Uma cidade do Brasil, porém, leva a paixão por esse prato ainda mais a sério. Abrigo de imigrantes de Okinawa, no Japão, o Mato Grosso do Sul tem a iguaria como uma de suas maiores tradições culinárias.
Por seu prestígio e o número de restaurantes que oferecem o prato, Campo Grande é considerada "a capital brasileira do sobá" e abriga até mesmo um festival anual para celebrar esta delícia. Além disso, em 2006, o "Sobá à Moda Campo Grande" foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como bem cultural de natureza imaterial.
O sobá daqui
Vanessa Cristina Carvalho dos Santos, chef e proprietária do Sim Sobá, em São Paulo, explica que o sobá campo-grandense incorpora elementos da cozinha brasileira, que o deixa mais próximo ao gosto médio daqui.
A massa de trigo de sarraceno, presente na receita japonesa, é substituída pela massa de farinha branca, por exemplo.
Também a composição do caldo, que na versão original levava osso de porco e outros ingredientes, foi modificada para um caldo feito predominantemente de carne", relata.
Aos moldes tupiniquins, a receita leva, ainda, uma proteína — que pode ser a carne suína, bovina, frango ou shimeji — omelete fatiada e cebolinha. Por cima disso tudo vai um caldo caseiro à base de ossobuco e temperos.
Nas versões vegetariana e vegana, o caldo é feito à base de legumes e as proteínas animais são substituídas por cogumelos ou legumes cozidos.
Massa e caldo especiais
Antes de se aventurar pela receita caseira — ao final desta matéria — saiba que a massa do Sobá à Moda Campo Grande é específica em termos de consistência e sabor.
Faz muita diferença, pois o sul-mato-grossense em São Paulo, que compõe uma parte importante da minha clientela, reconhece imediatamente quando o sobá não é original", lembra.
O macarrão do prato é totalmente artesanal. Em um misturador de massa são colocados farinha de trigo, ovos, água, sal e alguns condimentos. Após a massa atingir o ponto específico, ela é passada por um cilindro para esticar. Em seguida, é cortada em formato de macarrão e armazenada em varais, para ser pré-cozida.
Para quem não quiser ter todo esse trabalho, a chef indica o uso da massa pronta para yakissoba mesmo.
O caldo também é um caso a parte, como explica Vanessa. Ele é produzido a partir do cozimento de carnes variadas (bovina, frango e suína) com ossos, acrescido de hondashi (tempero à base de peixe) e shoyu para dar aquele gostinho especial. "Levo dois dias para fazer o caldo, pois não pode ter absolutamente nada de gordura", ensina.
Experimente a receita em casa
Quer levar um pouco do Mato Grosso do Sul para a sua cozinha? Clique na receita abaixo e se aventure por um dos pratos mais queridos da região Centro-Oeste.
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