"Vestido estampado marcou a gestação do meu primeiro filho"
Eduarda Corte Real Curra
Ganhei esse vestido da minha mãe logo depois que descobri que estava grávida, em janeiro de 2018. A gravidez foi um grande susto, porque eu tinha acabado de me mudar para morar junto com meu marido e a gente tinha investido uma boa grana em reforma e mobílias. E aí descobrimos que iríamos ter um bebê. Foi um pouco difícil lidar com tudo aquilo, foi muito repentino.
Para completar, eu teria uma viagem de trabalho dali a poucos meses, para o lançamento da nova coleção de uma das empresas do grupo no qual trabalho, do ramo de arquitetura e design. É um evento super importante, e meu corpo já tinha mudado um pouco, eu estava insegura.
Fui dar uma volta com minha mãe para espairecer, e ela perguntou se eu tinha roupa para levar. Sempre tinha alguma festa, uma ocasião importante para a qual eu precisaria estar bem vestida. E minhas roupas estavam começando a ficar apertadas, não me sentia mais confortável. Ela sugeriu, então, que eu escolhesse algumas peças para levar.
Acabei levando dois vestidos, um que usei na festa de lançamento e esse aqui. Ele é feito de algodão em cima e tem uma saia de um tecido mais leve, bem solta. Apesar de ser cheio de estampas, acho ele meio neutro, por causa dos tons.
A primeira vez que usei o vestido foi no dia seguinte do lançamento, e já foi uma ocasião muito especial para mim: um dos produtos que lançamos era um balanço de teto com o design de Ruy Ohtake, que admiro muito, e naquela tarde ele foi até a loja. Foi incrível, conheci um dos meus ídolos usando o vestido.
A partir daí, a barriga foi crescendo, mas o vestido continuou cabendo. Virou praticamente uma farda. Usei a gestação inteira, pois com ele me sentia ótima."
O dia em que meu filho, Joaquim, decidiu nascer, foi bem louco. Na noite anterior, falei para o meu marido que queria comer uma pizza dessas bem gordurosas e pesadas, porque não sabia se poderia continuar comendo essas tranqueiras durante a amamentação. Era uma quarta-feira, pedimos a tal pizza. No dia seguinte, acordei cedo, comi o resto da pizza e voltei a dormir.
Acordei por volta das 10 horas sentindo muita dor. Meu marido sugeriu que eu tomasse um banho quente, mas assim que saí, sabia que era a hora de ir para o hospital. Olhei para o armário, vi o vestido e pensei 'é esse aí, ele é confortável, vamos nessa'. Então ele foi comigo para o hospital também. Tenho uma imagem muito forte desse dia: eu já estava com a roupa do hospital e olhei para o armário, alguém pendurou meu vestido lá. Ele me acompanhou até durante o parto.
Depois do nascimento do Joaquim, ele continuou meu xodó, é ótimo para a amamentação. Três anos depois, ele já está meio fubento, como a gente diz aqui no Recife, mas ainda pretendo usar muito. Ele virou meu vestido para ficar arrumada em casa — é só colocar um brinco e me sinto pronta, bonita e confortável.
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