Alcatraz da Itália: ilha antes tomada por "criminosos" quer atrair turistas
Entre Roma e Nápoles, Santo Stefano é uma ilha vulcânica na Itália abandonada há décadas. Há quase 60 anos, o local era considerado a "Alcatraz italiana", em referência à prisão de segurança máxima localizada na Ilha de Alcatraz no meio da Baía de São Francisco, nos EUA.
A ilha italiana era o lar de uma prisão em funcionamento, onde criminosos, dissidentes políticos, bandidos e anarquistas eram mantidos. Agora, o governo local pretende transformar a região em uma atração turística.
Para estimular o turismo na região de Ventotene, as autoridades afirmaram que desembolsarão cerca de US$ 86 milhões, aproximadamente R$ 433 milhões, para dar vida nova à ilha, que atualmente é o destino apenas para mergulhadores, pescadores e poucos visitantes que se aventuram na mata.
Atualmente, apenas algumas visitas guiadas dão as boas-vindas aos visitantes da prisão e suas ruínas.
O plano é criar um museu ao ar livre, além de oferecer um centro acadêmico e oficinas de arte e seminários sobre a União Europeia, informa uma reportagem da "CNN". Alguns edifícios e áreas serão restaurados com suas funções originais, enquanto outros serviriam para um uso completamente novo.
A renovação centra-se em contar a história da dor sofrida nesta prisão, preservando este lugar simbólico de memória mas olhando para o futuro."
Silvia Costa, comissária do governo encarregada pela reforma, à "CNN"
De acordo com a "CNN", a reforma deve ser concluída até 2025, quando os viajantes poderão voltar a entrar na ilha.
A história de Santo Stefano
A penitenciária de Santo Stefano foi concluída e inaugurada em 1795, de acordo com o Atlas Obscura. A prisão de 99 células funcionava sob liderança estrita e centralizada, enquanto as punições eram severas e a comida escassa, relata a "CNN".
Durante o regime fascista da Itália, de 1922 a 1943, o local foi usada paro dissidentes políticos como Sandro Pertini, que mais tarde se tornaria o presidente da Itália
Registros informam que entre os presos estavam o escritor e político Luigi Settembrini, o bandido Carmine Crocco, o anarquista Gaetano Bresci e o bandido Sante Pollastri.
Nos anos 1950, o diretor da prisão Eugenio Perucatti, revitalizou o local. Além de oferecer lojas de artesanato, comandadas pelos prisioneiros como reabilitação, foram construídos também um campo de futebol, jardins e uma sala de cinema.
A prisão foi fechada em 1965 e, desde então, está abandonada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.