Bananinha é corte fino do contrafilé considerado a "entrada do churrasco"
A bananinha tem esse nome pelo formato que faz lembrar a fruta: é uma tirinha arredonda, com cerca de 4 centímetros, extraída do contrafilé. E, segundo a parrilleira Camila Miyahara, é a opção perfeita para uma "entrada churrasqueira".
Os motivos? A carne fica pronta rapidinho. Outra explicação importante está na temperatura. Como o corte apresenta bastante gordura entremeada e tem textura fibrosa, fica mais agradável na boca quando quente. Por isso é bom aproveitar a euforia da chegada dos convidados.
Todos estão com fome e não sobra nada na tábua".
No boi e no açougue
A bananinha também é conhecida como rib finger (nos Estados Unidos), intercostal e entrecostela. Isso porque está grudada na costela, entre os ossos. A carne conta com camadas de membrana e sebo que devem ser retiradas pelo açougueiro ou em casa.
"A bananinha surgiu de um aproveitamento do frigorífico. Quando eles fazem a desossa, deixam a bananinha nos ossos e só depois retiram. Por isso tem um valor de mercado abaixo de outros cortes", explica Netão, no seu canal do YouTube.
Quem compra a carne limpa direto no açougue vai pagar um pouquinho mais caro. Mas, como lembra Camila, uma boa bananinha começa na genética do boi: "é importante que o gado tenha tido bom manejo e alimentação".
A bananinha é extraída num volume pequeno em quilos. Todo boi tem bananinha, mas nem todo boi tem uma bananinha bacana".
Também é válido se certificar de que está comprando a bananinha do contrafilé. Existem também a da costela e do acém. Mais rígidas, elas não possuem bom desempenho no churrasco.
Na churrasqueira
A carne vai bem cozida na panela de pressão e grelhada numa frigideira de ferro. Já na churrasqueira pede brasa quente como numa parrilla.
Certifique-se de que a temperatura está boa colocando a mão onde a carne ficará e contando até cinco. Se não aguentar mais, está quente o suficiente e, portanto, correto. Caso contrário, reforce o braseiro.
Antes de colocar no fogo, há quem goste de lambuzar os pedaços em molhos como barbecue ou até roti. Camila prefere colocar pimenta-do-reino e sal de parrilla com parcimônia. É necessário ter cuidado e não salgar em excesso já que se trata de uma carne fina.
"Ao colocar na brasa, deixe dourar bem dos quatro lados até a gordura ficar bem douradinha e crocante. Particularmente, gosto de servir ao ponto para ficar mais macia".
O tempo de selar a peça por inteiro é o suficiente para garantir que ela está assada. Quem quiser, pode acomodar as bananinhas num espeto e seguir o mesmo processo.
Lembre-se: antes de cortar e servir os convidados famintos, deixe a carne descansar de 30 segundos a 1 minuto e finalize com flor de sal ou molho chimichurri. Linguiça e coraçãozinho de galinha são boas companhias para o petisco.
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