Conheça a bela Riviera Italiana, que inspirou a animação "Luca", da Disney
Prédios baixinhos com a fachada pintada de tons quentes, fonte com estátua que jorra água no centro de uma praça e pedras robustas que marcam o limite entre a terra firme e o mar. É assim parte do cenário de "Luca", novo filme da Disney Pixar, disponível no Disney+.
A vila que serve de pano de fundo para a aventura de Luca e seu amigo Alberto é fictícia, mas tem referência clara: a bela Riviera Italiana. A começar pelo nome. Portorosso, do filme, é a aglutinação de Portofino e Monterosso al Mare, comunas do litoral do país da bota.
Também conhecida como Riviera Lígure, a região abriga cidades e aldeias numa faixa costeira de cerca de 330 quilômetros. Casas e predinhos parecem até "apertados" entre a grandiosidade do mar Lígure e da cadeia de montanhas dos Alpes Marítimos e dos Apeninos. A paisagem única, não à toa, atrai turistas pelo mundo.
A Riviera Italiana é dividida em duas partes: Ponente (oeste) e Levante (faixa leste, em referência ao sol nascente). A segunda, localizada entre Gênova e La Spezia, tem os destinos mais badalados.
Portofino, por exemplo, foi de vila de pescadores a point badalado — com direito a iates e lojas de grifes, como Dior e Salvatore Ferragamo — por ter conquistado a atenção de celebridades de Hollywood.
Outros vilarejos significativos são Monterosso, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. Juntos, eles formam uma região que ficou conhecida como Cinque Terre. O trecho de cerca de 10 quilômetros apresenta construções simples e charmosas fincadas em rochas.
Olhar de dentro
Diretor da animação, o genovês Enrico Casarosa pôde recriar na obra parte de sua infância:
"Me lembro de passar o verão todo na Riviera, perto do mar, com os meus melhores amigos. Sempre que volto para casa, passo lá. Acho muito legal ver tantos turistas aproveitando as cidades".
Tem algo de muito especial naquela terra. Parece que saiu do mar e cresceu nas pedras".
Além de contar com a sua própria memória, o diretor teve o apoio de pessoas da região, que opinaram em características dos personagens, como o sotaque e a gesticulação.
"O melhor antídoto para os estereótipos são as especificidades. É preciso entender como e quando se usa e usar com cuidado, nos momentos certos".
Crianças brincando de futebol na rua, idosos jogando cartas e a comunidade "vivendo" ao redor da praça — ou melhor, da piazza — são outros aspectos culturais retratados no longa.
Culturalmente falando, o processo foi muito sobre achar essas coisas específicas e especiais".
Ficção vs. realidade
Em cinco comparações, confira como as cenas em Portorosso remetem às paisagens da Riviera Italiana.
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Sabores da Itália
Entre passeios de bicicleta e Vespa, a clássica scooter italiana, Luca e Alberto experimentam pela primeira vez clássicos como o gelato e o macarrão ao pesto. "O filme deveria vir com um aviso: Cuidado! Você vai querer comer depois de assistir", brinca o diretor.
O gelato, que não pôde ficar fora do longa, segundo Enrico, é o sorvete cremoso popular no país da bota de Norte a Sul. Já o molho da massa (confira a receita abaixo) é um prato emblemático de Gênova, a capital da Ligúria.
O cafezinho, mais uma criação italiana, também é retratado em uma passagem do filme. "Eu amo. Achei importante dar um pequeno destaque", diz Enrico.
Espírito de viajante em cena
Durante 1 hora e 36 minutos, a viagem do fundo do mar à Portorosso é guiada por Luca, um monstro marinho que encontra na companhia do amigo Alberto a pontinha de coragem que faltava para se jogar no mundo humano.
Curioso, ele desperta em quem assiste a sensação de admiração e descoberta diante de novos lugares, pessoas, culturas e comidas. Sim, esteja preparado para matar a saudade de "turistar" — ou ficar com mais saudade ainda.
Luca descobre algo e já está pronto para mais. Quer sempre colocar as coisas para dentro. Quando você é um turista, se sente nesse lugar também".
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