Um plissado elegante assume formas diversas nas mãos de Mel Kawahara todos os dias. Nele, misturam-se talento, estética e luz, em um encontro que não foi simples. A formação em Arquitetura concluída em 2014 em São Paulo, deu a base para múltiplas facetas dentro da profissão.
"Mas logo que saí, fui trabalhar em um escritório de arquitetura por três anos. Ao longo desse tempo percebi que ficar no computador não era bem o que queria", conta. Como já havia feito uma pesquisa com papel e dobras na USP, onde estudou, pensou em seguir o caminho do design.
"Nessa época ainda não sabia o que poderia fazer com aquela pesquisa. Depois de uma viagem para países nórdicos da Europa, vi o quanto as luminárias eram importantes na vida deles, afinal, passam a maior parte do ano com luz artificial. São povos que dão valor a possuir itens de iluminação em casa. Passei a observar que a esses objetos não precisam ter uma forma tão determinada pela função."
De volta, ideias novas
Ao pisar no Brasil, veio o estalo: sua pesquisa na faculdade se transformaria em uma linha de luminárias. "Criei um objetivo e fui atrás de material", lembra.
No fim de 2017, as seis peças criadas e divulgadas para amigos foram um sucesso de vendas. "Tenho amigos arquitetos e alguns indicaram para clientes e para outros amigos. Deu certo."
Mais certo ainda foi expor em feiras de design maiores, em São Paulo — Mel passou a atender clientes finais, que correspondem a metade de seu faturamento. A produção atual gira em torno de 40 peças por mês.
O filme de polipropileno, um polímero, hoje torna suas peças mais resistentes que o papel, que ficou no passado.
A luz preenche o espaço sem precisar de muita coisa. Tem uma beleza etérea, sem materializar o contorno. Minha casa só tem luz indireta e acredito que isso traga serenidade, calma."
Manualidades
Uma a uma, as peças são criadas em um processo bastante manual.
"Não é simples desenvolver. Começo com esboços, planifico o desenho pelo computador e envio para a gráfica fazer os vincos. Deixo plissar de um dia para o outro, para que a luminária toma sua forma e depois faço as dobras complementares. Algumas levam até cinco horas", detalha.
Descendente de quatro avós japoneses, Mel acredita ter herdado deles o gosto pelo fazer manual e respeito pelo tempo da elaboração de um objeto.
É um processo delicado, mas essa é a essência do artesanal. Não poderia ser de outro jeito."
@s que me inspiram
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