Presidente dos EUA, Joe Biden gera polêmica com terno bege. Saiba o motivo
Joe Biden marcou pontos por misturar estilo com a política, mais uma vez. O presidente norte-americano já tinha usado a moda como ferramenta durante a sua posse, ao usar uma alfaiataria que trazia mais significados do que um mero blazer combinado com uma calça. Seu traje foi uma espécie de declaração política.
Dessa vez, em sua última declaração pública, o protagonista foi um terno bege. Algo bem diferente do que estamos acostumados a ver políticos usando.
Enquanto discutia a retomada dos empregos nos Estados Unidos, que vem crescendo depois de uma grande queda, em consequência da pandemia do coronavírus, o traje foi quem chamou a atenção dos usuários no Twitter. A peça se tornou viral em poucos minutos.
"Aqui na Sala Leste, estou ouvindo o presidente. Os assuntos são sérios — economia, vacinas, empregos — mas é difícil me concentrar, já que eu estava tão distraída com seu terno 'bronzeado'", escreveu uma jornalista, presente no local, na rede social em questão.
Mas por que um terno bege, tão inofensivo ao primeiro olhar, pode gerar tanta polêmica?
Para responder a essa pergunta, precisamos voltar ao dia 28 de agosto de 2014, quando Barack Obama ainda presidia os EUA.
O ex-presidente optou pela escolha de um terno na mesma cor em uma entrevista coletiva sobre o aumento da resposta militar contra o Estado Islâmico (ISIS) na Síria. Sendo assistido por toda a população norte-americana, a escolha do look foi vista como extremamente controversa — e acabou ganhando até uma página no Wikipedia, tornando-se um marco histórico.
A mídia conservadora dos Estados Unidos tornou Obama um alvo para críticas sobre o seu terno. O bege, ao contrário dos tons mais escuros habitualmente usados, "era casual demais para um assunto tão sério" — nas palavras dos representantes da "Fox News".
"Não há como, eu não acho, qualquer um de nós pode desculpar o que o presidente fez ontem. Quero dizer, você tem o mundo assistindo", disse o deputado republicano Peter King, de Nova York, na época.
O assunto rendeu. A escolha do terno usado por Obama foi o tema de diversos programas nos EUA nos dias seguintes e gerou discussões sobre como um líder masculino era analisado pelo que vestia.
O terno bege virou até assunto de debates, quando Barack agora aparecia em apoio a Hillary Clinton contra Donald Trump na corrida presidencial de 2016.
Uma cor polêmica
É impossível não associar esses episódios à posse da primeira presidenta do Brasil, Dilma Roussef. Em 2015, a líder usou um vestido, praticamente na mesma tonalidade, para assumir o seu segundo mandato. A peça foi desenhada pela estilista gaúcha Juliana Pereira, especializada em vestidos de noivas.
A peça, toda trabalhada com o uso da renda, foi comparada com a capa de um botijão de gás nas redes sociais — aqui, podemos ver a dimensão das críticas em comparação ao uso de uma roupa por um homem e uma mulher.
Já aos "entendidos" sobre o assunto, como o estilista Walério Araújo, estava "fofa demais". Como noticiado pelo jornal a Folha de S. Paulo, em 2015, o profissional considerou "um erro o tom entre o rosa chá e o off-white", pois "medidas maiores [da presidente] não permitem cores muito claras pois mostram todas as imperfeições do corpo".
"A presidente estava 'fofa' demais", afirmou o pernambucano, de acordo com a publicação. "Se fizesse o look, optaria por um vinho de tom bem fechado."
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