Carne moída: receita simples tem truques para ficar soltinha e saborosa
A carne moída dá um show no quesito versatilidade. Crua, temperada e moldada, rende almôndega, hambúrguer, polpetone, kafta e por aí vai. Quando cozida, compõe pratos como panqueca, torta e escondidinho e serve de "mistura" para o típico arroz e feijão.
Como qualquer receita trivial, a carne moída refogada corre o risco de ficar insossa, mas se bem feita — soltinha, suculenta e temperada — torna-se imbatível.
Quem é fã de comida caseira é Márcia Mundim, de 49 anos. No sítio onde mora em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, ela prepara sem pressa pratos no fogão a lenha e, antes de servir a família, tira foto e posta no Instagram.
A receita de carne moída, cedida a Nossa, é temperada com cebola, alho, salsinha, cebolinha e pimenta bodinha, também conhecida como pimenta-de-cheiro. "Ela não arde, só dá aroma". Um pouco de colorau também vai para a panela para realçar a cor da mistura.
Confira o passo a passo completo clicando na imagem abaixo:
Xô, carne juntinha
De acordo com Márcia, o truque para evitar que a carne moída forme bolotas está na temperatura. "Quando ela frita muito rápido, costuma juntar."
É o fogo sempre baixo que vai garantir que ela fique soltinha:
Fazendo no fogo baixo, cozinha melhor sem secar. Fica úmida, suculenta e saborosa".
Gostinho de roça
Mãe de três e avó de um, Márcia Mundim cozinha para satisfazer a família — e a si — desde que os seus filhos eram crianças. A habilidade com as panelas foi desenvolvida com livros e, mais tarde, vídeos no YouTube. Já a vontade de servir foi herdada da mãe:
"Quando eu vou para a cozinha, gosto de pensar nas pessoas que vão comer. Peguei isso da minha mãe. Ela não cozinhava tão bem, mas tinha muita vontade de fazer daquela comida algo bom."
Para mim, cozinhar é afeto e carinho."
Há cinco anos, Márcia se mudou para um sítio que fica a 60 quilômetros do centro de Três Lagoas e se aproximou ainda mais do universo da alimentação ao cultivar temperos e vegetais.
Enquanto parte da produção, como queijo, leite e mandioca, é destinada para o Mundim Nosso, loja que mantém na área urbana, a outra fica de matéria-prima para os preparos que ela faz diariamente no fogão a lenha.
Por incentivo da filha, a genitora resolveu, há dois anos, intensificar as postagens no Instagram e abri-lo ao público geral. As pessoas logo se sentiram inspiradas pelo dia a dia na roça, cercado de natureza e calmaria.
"Sou muito tímida. Quando percebi que tinha um monte de gente para responder, eu falei pra minha filha: você me colocou no fogo e me largou aqui", brinca.
Hoje, Márcia acostumou com os quase 40 mil seguidores e se sente orgulhosa da mensagem que passa com suas receitas cheias de alma. "Me sinto útil, mesmo distante. Muita gente me diz que gostaria de viver o que vivo aqui, de sair da agitação, da correria."
Percebo que acabo levando a pessoa a ir com mais calma, não se afobar tanto e prestar atenção nas pequenas coisas. Eu acho que esse é o espírito da roça."
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