"Eu adoro ser meme", diz Ana Paula Padrão no programa "Brasil com Zeca"
Para quem comanda o "MasterChef Brasil", um dos maiores realities gastronômicos do mundo, a jornalista Ana Paula Padrão até que surpreende ao revelar o hit da sua cozinha: beef Wellington, prato dificílimo, um clássico francês muito tradicional entre os ingleses.
"Antes do "MasterChef", eu cozinhava, mas ganhei dicas valiosas, como fazer polvo, por exemplo, o meu melava e emborracha. Aprendi com o (Henrique) Fogaça, um danadinho. Assim como caldos, molhos e reduções com o (Érick) Jacquin", conta a jornalista, convidada do "Brasil com Zeca", exibido por Nossa, no Canal UOL.
Conhecida e querida por todos os brasileiros, Ana Paula Padrão narra um resumo da sua odisseia pelo jornalismo, desde o início em São Paulo com o hard news (jargão para "notícias pesadas" ou "notícias importantes") até chegar ao entretenimento.
"Brasília foi uma grande escola, foi onde me formei em jornalismo e comecei a cobrir economia e política", diz.
Quando você aprende isso, para qualquer lugar que você vá é a mesma coisa, só mudam os personagens. Passei uns anos em Londres e Nova York, onde pedi para cobrir conflitos internacionais."
Um dos momentos mais marcantes da carreira da jornalista foi a cobertura da implementação do Plano Real em 1994.
"Era a estabilidade da nossa moeda, quem é jovem vai ter dificuldade de entender, o país passou por uma fase de adaptação complicada, havia uma tabela que mudava diariamente, mas o brasileiro é muito esperto. Ali vi o Brasil amadurecer, estávamos cansados da inflação."
Lá fora, o grande ápice para Ana Paula foi a prisão do ex-presidente chileno Augusto Pinochet, em 1998.
"Ele estava internado numa clínica particular em Londres quando a polícia inglesa foi prendê-lo e mandar de volta para o Chile. Muito emocionante para mim".
Mergulho no entretenimento
Orgulhosa e inteira na profissão, a convidada acredita no equilíbrio para atingir a potência. A equação certa para chegar plena ao entretenimento, tido pela sociedade, como lembra Zeca Camargo, como algo menor na carreira jornalística.
"Dediquei 30 anos ao jornalismo duro, eu fui parar no entretenimento por acaso. Foi como começar de novo, aprender coisas que eu não sabia, preciso de desafios para querer sair da cama."
Ana Paula não esconde que no fundo no fundo acaba torcendo por um participante ou outro no "MasterChef" e diz que sua predileção, às vezes, é pelos cozinheiros que são mais rejeitados. Ao mesmo tempo, a jornalista também entende o poder da internet e afirma que está tudo bem, obrigado.
Só achei que tivesse chegado a algum lugar quando virei meme. Adoro ser meme", explica.
"A gente tem que se divertir. O maior ganho é se aproveitar disso. Hoje, transito pelo digital com naturalidade, o futuro necessariamente passa por esse terreno."
De Brasília para o mundo
Às voltas com o passado e os pais mineiros, a jornalista lembra que a mãe, radialista, foi para Brasília para trabalhar na Rádio Nacional, onde conheceu seu pai, que lá trabalhava. "Ela bateu na porta e quem deu o emprego foi ele."
Viajada ("entrei num site para contar e são 115 países") e natural de Brasília, Ana Paula honra sua terra Natal e, claro, o típico arroz de pequi.
"A maior qualidade do brasiliense é a resiliência. Eu consigo citar um monte deles que são bacanas, que vão além do que são resumidos à Esplanada dos Ministérios", justifica a convidada, que também cita o ipê amarelo e o céu azul da capital Federal, sua memória de infância.
Do Lago Paranoá ("quase praiano") à vizinha Pirenópolis ("um quê colonial e comida maravilhosa"), ela elogia a designer de joias Carla Amorim e a "gente" local.
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