Doida por água e passageira exemplar: cachorrinha já viajou por 30 países
Praias da Grécia, montanhas da Áustria e paisagens históricas de Roma. Com sete anos de vida, a golden retriever Lilo (@lilomochileira) já esteve nestes e em muitos outros destinos desejados por turistas do mundo inteiro.
De 2014 até hoje, ela já visitou 30 países, sete Estados brasileiros e embarcou em mais de 30 voos ao lado de sua tutora, Talita Meurer Alberti.
"Naquela época, eu já havia me formado na faculdade, mas me sentia perdida. Ainda morava com minha família, trabalhava o dia todo, mas não sabia direito para onde estava caminhando. E aquilo me deixava muito mal. Em um lampejo, decidi que a solução para minha tristeza era ter um cachorro", conta Talita.
Com a chegada da Lilo, a vida da brasileira tomou um novo rumo: precisando dar mais espaço para seu pet, ela foi morar sozinha e, neste período de transição, a golden retriever virou sua grande parceira.
"Era ela quem me dava suporte emocional quando eu chegava no meu novo apartamento vazio. E ela esteve comigo em tudo o que veio depois disso", relata.
Quando comecei a viajar, eu não via sentido em deixá-la com parentes e amigos, pois sempre estivemos juntas desde o começo desta história. Para mim, parecia algo totalmente lógico levá-la comigo".
No começo, Talita e Lilo fizeram viagens de carro dentro do Brasil. Mas não demorou para que as duas começassem a ir juntas para o exterior.
"Em uma viagem que fiz sozinha para os Estados Unidos, vi cachorros viajando tranquilamente no aeroporto com seus donos. E aquilo acendeu uma luzinha na minha mente", diz Talita.
"A primeira viagem internacional que encarei com a Lilo aconteceu um ano depois. O destino foi a Europa, que eu via como um lugar bastante fácil para pets. Na Europa, por exemplo, os cachorros são liberados em transportes urbanos e também em trens internacionais", relembra.
Mais natureza, menos shopping
A presença da golden retriever logo abriu novos horizontes na maneira de viajar de Talita.
"Uma das mudanças que a Lilo me obrigou a fazer foi começar a gostar de passeios na natureza, com mais caminhadas em praias, parques e paisagens naturais. Nossas viagens ficaram mais focadas nisso. Nada de shoppings", diz ela.
E, nos últimos anos, não faltaram grandes passeios com este estilo nas viagens das duas amigas (jornadas que também contam a presença do companheiro de Talita, Rennan Duarte).
"Algumas das experiências mais legais que tivemos com a Lilo aconteceram na praia. Ela ama o mar. E já tivemos que intervir para salvá-la algumas vezes. Não porque ela fosse se afogar, mas porque se eu deixasse ela teria me abandonado para procurar Atlântida", brinca.
Entre os lugares favoritos, Talita cita o Parque Nacional Krka, na Croácia. "É um lugar lindíssimo, pet friendly e onde a Lilo pôde entrar na água e nadar conosco nas cataratas e nas piscinas de pedra", conta.
"Além disso, moramos três meses em Budapeste, na Hungria, ao lado do Varosliget, um parque com um lago enorme junto a um castelo, onde eu levava a Lilo para nadar quase todos os dias. E, em Andorra, curtimos a neve em estações de esqui".
Juntos, eles também já exploraram as praias portuguesas de Cascais, o interior da Albânia e até o vulcão Etna, na Sicília.
Cuidados e burocracia
Realizar viagens internacionais com um cachorro envolve, logicamente, burocracias.
"Quando pegamos avião, a Lilo viaja em uma caixa no porão da aeronave. Mas é um ambiente climatizado, próprio para o transporte de animais", conta Talita.
E nunca passei perrengue com companhia aérea, pelo contrário. Acho que sou até melhor assistida por estar com um animal. Mas é claro que o coração fica apreensivo por não ver ela durante o voo".
A brasileira explica que, para voar com a Lilo para fora do Brasil, a pet precisa de um documento que é emitido pelo ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [mais informações aqui: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/animais-estimacao/sair-do-brasil].
Mas, na hora de aceitar o ingresso do animal, muitos países do exterior têm suas próprias exigências.
"No geral, o que eles querem é garantir que seu cão é saudável e que você não está levando nenhuma 'praga' para o território deles. Então, para quem tem um cão vacinado, com vermífugo e com controle de carrapatos em dia, a burocracia costuma se resumir a comprovar isso com documentos", diz.
Quanto custa para voar com um cachorro?
"Em uma viagem recente para a Europa, a Lilo pagou 200 euros (cerca de R$ 1232), enquanto nossa mala de 23 quilos custou 80 euros (cerca de R$ 492). E acho que o gasto com a Lilo, apesar de maior, compensou mais. A mala só me deu trabalho pra carregar", brinca.
E a brasileira tem algumas dicas para quem tem vontade de realizar grandes viagens com um cachorro.
"A primeira dica é acostumar ele desde pequeno a sair de casa, dormir fora, mesmo que seja acampando ou dormindo na casa de amigos ou de familiares. Isso faz com que o cão aprenda a se sentir confortável fora do seu território".
E, como outra dica de ouro, Talita crava: adestramento. "Para quem quer viajar, eu diria que é essencial. Principalmente com um cão de grande porte, que não tem como você enfiar na bolsa", afirma.
Imagine você precisar apresentar os documentos no check-in do aeroporto e o cachorro não parar de puxar a coleira para a direção oposta? Ou ele não saber ficar quieto no transporte público?".
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