Recorte pélvico é a nova tendência entre looks: essa moda chegará às ruas?
O retorno da moda 2000 trouxe — mais para as redes sociais do que, de fato, para a realidade — as calças de cintura baixa. Temidas e amadas por muitos, a moda parece ter pegado mais no feed do Instagram do que no cotidiano. Mas agora uma versão, digamos, atualizada desse modelo parece estar tomando o trono de "peça do momento": os recortes pélvicos.
Vestido personalidades internacionais importantes, como Bella Hadid, Kendall Jenner, Rihanna, Kim Kardashian e Dua Lipa, esses recortes trazem um novo visual para calças, vestidos e saias, deixando parte do quadril exposto.
Além dessas famosas, as grifes, como Versace, Barragán e Dion Lee também parecem estar vendo potencial nessa modelagem. Já no Twitter, há quem considere isso praticamente um crime fashion.
É impossível ignorar a influência que essas figuras com milhões de seguidores exercem nos nossos desejos — principalmente no quesito moda.
Uma prova disso é que a The Lyst Index, plataforma que avalia as buscas no mercado da moda em todo mundo, constatou que as pessoas realmente estão procurando por peças como essas: as peças recortadas subiram 39% no número de buscas, enquanto as roupas com variações "pélvicas", apresentaram 23% de crescimento. A "Era Pélvica" chegou — ou pelo menos está chegando.
Mas será que essa moda pega mesmo ou é só mais um artigo pensado para as redes sociais? Para ter uma (possível) resposta, analisar o comportamento de quem usa é uma alternativa de esclarecimento.
As passarelas internacionais
Ousado na medida certa
Para a coleção de Primavera/Verão 2021, a Versace colocou tais recortes em suas peças, sendo uma delas uma saia. O que não é muito surpreendente quando nos recordamos do histórico da grife, comandada por Donatella Versace. Sensualidade sempre foi um dos principais pilares.
Além de Kendall Jenner, que deixou o quadril à mostra para a campanha de uma das bolsas, a modelo holandesa Jill Kortleve foi quem vestiu a peça com o recorte pélvico na passarela da label italiana. A proposta, seja intencional ou não, abraça a possibilidade de quaisquer corpos vestirem algo que habitualmente estamos acostumados a ver em manequins com o corpo magro.
Jill Kortleve, que veste o tamanho 40, inclusive vem se tornando um triunfo das grifes internacionais em seus desfiles. Além da Versace, ela também desfilou para a última coleção da Jacquemus.
Por mais que pareça uma escolha "ousada", se assim podemos dizer, os recortes dão detalhes minuciosos a peça. Como é possível ver nas roupas da Dion Lee e Sandy Liang, ilustradas abaixo.
Tendência no Brasil
Como os recortes aparecem aqui?
No Brasil, quem já mostrou estar por dentro da moda foi a cantora Duda Beat. Em seu Instagram, a voz de "Te Amo Lá Fora" atualizou o feed com um vestido com recortes pélvicos, desenhado, pela estilista Karoline Vitto, que se descreve como uma artista que "acentua as curvas e celebra as dobras".
Luísa Sonza, que aderiu aos retalhos da SSJHENI para a divulgação do "Doce 22", apareceu também com as calças com o quadril à mostra para a apresentação do seu programa "Prazer, Luísa", no Multishow.
Entretanto, ao que tudo indica — ou melhor, Anitta indica — é mais provável que, em terras brasileiras, essa tendência se misture com a moda praia antes de aparecer no street style.
A nossa "Girl From Rio" apresentou o que podemos chamar de adaptação desse tipo de recorte na gravação do seu último videoclipe, gravado no Piscinão de Ramos. O mesmo efeito foi criado pela cantora carioca ao combinar shorts curtos com o uso de um biquíni asa delta.
Dessa forma, nasce uma possível variação abrasileirada do recorte pélvico. Ainda além, algo muito mais fácil de se popularizar como uma tendência de moda, que não necessariamente é dependente da praia.
Ainda nebulosa e "instagramável", só saberemos se a "moda pélvica" pega no pós-confinamento. Nesse caso, as cidades litorâneas podem ser um ponto de partida interessante.
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